Língua Portuguesa Turma 15 Professora Andrisa



ESCOLA ESTADUAL ENSINO MÉDIO MARIA TERESA VILANOVA CASTILHOS
ATIVIDADE PROGRAMADA DE LÍNGUA PORTUGUESA - PROFESSORA: Andrisa Teixeira
TURMA 15   ( Período -  06/04  a 09/04)


Responda as questões em seu caderno!


1)A fala da mãe serviu de consolo para o sofrimento do menino? Justifique sua resposta;

2) Explique a expressão facial de Calvin no primeiro quadrinho

3) Você concorda com a afirmação do Calvin no quadrinho final da tirinha? Por quê?

4) ) Reescreva os trechos em que encontramos verbos empregados no modo subjuntivo.

5) Que verbo, situado no segundo quadrinho, foi mal empregado? Por quê? Corrija-o






NO DIA EM QUE O GATO FALOU
(Millôr Fernandes)

          Era uma vez uma dama gentil e senil que tinha um gato siamês. Gato de raça, de bom-tom, de filiação, de ânimo cristão. Lindo gato, gato terno, amigo, pertencente a uma classe quase extinta de antigos deuses egípcios. Este gato só faltava falar.  Manso e inteligente, seu olhar era humano. Mas falar não falava. E sua dona, triste, todo dia passava uma ou duas horas, repetindo sílabas e palavras para ele na esperança de que um dia aquela inteligência que via em seu olhar explodisse em sons compreensivos e claros. Mas, nada!
              A dama gentil e senil era, naturalmente, incapaz de compreender  o fenômeno. Tanto mais que ali mesmo à sua frente, preso a um poleiro de ferro, estava um outro ser, também animal, inferior até ao gato, pois era somente uma pobre ave, mas que falava! Falava mesmo, muito mais do que devia. Um papagaio, que falava pelas tripas do Judas. Curiosa natureza, pensava a mulher, que fazia um gato quase humano, sem fala, e um papagaio cretinomas parlapatão. E quanto mais meditava mais tempo gastava com o gato no colo, tentando métodos, repetindo silabas, redobrando cuidados para ver se conseguia que seu miado virasse fala.
          Exatamente no dia 16 de maio de 1958 foi que teve a ideia genial. Quando a ideia iluminou seu cérebro, veio acompanhada da critica, auto-crítica: “Mas, como não me ocorreu isso antes?” O papagaio viu no brilho do olhar da dona o seu (dele) terrível destino e tentou escapar, mas estava preso.Foi morto, depenado e cozinhado em menos de uma hora. Pois o raciocínio da mulher era lógico e científico: se 25.      desse ao gato o papagaio como alimentação, não era evidente que o     gato começaria a falar? Era? Não era? Veria. O gato, a princípio, não quis comer o companheiro. Temendo ver fracassado o seu experimento científico, a dama gentil e senil procurou forçá-lo. Não conseguindo que o gato comesse o papagaio, bateu-lhe mesmo – horror! – pela primeira vez. Mas o gato se recusou. Duas horas depois, porém, vencido pela fome, aproximou-se do prato e engoliu o papagaio todo. Imediatamente subiu-lhe uma ânsia do estômago, ele olhou para a dona e, enquanto esta chorava de alegria, começou a gritar (num tom meio currupaco, meio miau-miau-miau, mas perfeitamente compreensível):
– Madame, foge pelo amor de Deus! Foge, madame, que o prédio vai cair!
A mulher, tremendo de emoção e alegria, chorando e rindo, pôs-se a gritar por sua vez.
– Vejam, vejam, meu gatinho fala! Milagre! Fala o meu gatinho!
Mas o gato, fugindo ao seu abraço, saltou para a janela e gritou de novo: – Foge, madame, que o prédio vai cair! Madame, foge! – e pulou para a rua.
Nesse momento, com um estrondo monstruoso, o prédio inteiro veio abaixo, sepultando a dama gentil e senil em meio aos seus  escombros.
O gato, escondido melancolicamente num terreno baldio, ficou vendo o tumulto diante do desastre e comentou apenas, com um gato mais pobre que passava: – Veja só que cretina. Passou a vida inteira para fazer eu falar e no momento em que falei, não me prestou a mínima atenção.

MORAL: O mal do artista é não acreditar na própria criação.





RESPONDA




7)Em: “Manso e inteligente, seu olhar era humano”, a palavra em destaque significa:
a.(   ) próprio do homem    
b.(   ) bondoso
c.(   ) submisso                    
 d.(   ) que ama os seus semelhantes

8) Em: “E quanto mais meditava mais tempo gastava…” a palavra em destaque significa:
a.(   ) planejava     
b.(   ) pensava    
c.(   ) examinava     
d.(   ) estudava

9) Em: “Temendo ver fracassado o seu experimento científico…”  a palavra em destaque significa:
a.(   ) quebrado                
b.(   ) reduzido a pedaços
c.(   ) mal-acabado          
d.(   ) malsucedido

10)Em: “…em meio aos escombros…” a palavra em destaque significa:
a.(   ) restos de construção desmoronados
b.(   ) cinzas resultantes de um incêndio
c.(   ) ruídos provocados por um desmoronamento
d.(   ) substâncias venenosas

11)Em: “…sepultando a dama gentil…”  a palavra em destaque significa:
a.(   ) escondendo    
b.(   ) isolando   
c.(   ) soterrando     
d.(   ) abrigando

12) Passe a seguinte frase para o  futuro: “O gato começou a gritar”




ESCOLA ESTADUAL ENSINO MÉDIO MARIA TERESA VILANOVA CASTILHOS
ATIVIDADE PROGRAMADA DE LÍNGUA PORTUGUESA - PROFESSORA: Andrisa Teixeira
TURMA 15  ( Período -  13/04  a 17/04)

Interpretação de texto!
Responda as questões propostas em seu caderno

Quais são as frutas nativas do Brasil mais exóticas?
Existem mais de 300 frutas nativas do território nacional. Graças aos nossos 8,5 milhões de quilômetros quadrados e à abundância de biomas, dá para encontrar espécies com os mais variados sabores e cores. Algumas frutas brasileiras, como goiaba, caju, maracujá e abacaxi, são bastante populares em todo o país, mas existem outras que, mesmo sendo deliciosas, ainda são desconhecidas pelos consumidores. "Para haver produção comercial dessas anônimas, são necessários estudos sobre época de coleta, armazenamento, germinação das sementes, melhoramento genético, adubação, entre outros fatores", diz a engenheira agrônoma Leide Rovênia Miranda de Andrade, pesquisadora da Embrapa Cerrados. [...]
DANA, Lorena. Disponível em: http://mundoestranho.abril.com.br. Acesso em: 30 de maio de 2016.

Questão 1 – Assinale o objetivo do texto:
a) informar
b) instruir
c) divulgar
d) entreter

Questão 2 – O segundo período do texto estabelece com o primeiro a relação de:
a) continuidade
b) adversidade
c) causa
d) consequência

Questão 3 – Identifique o argumento de autoridade presente no texto. Qual a sua finalidade?

Questão 4 – Em “[...] existem outras que, mesmo sendo deliciosas, ainda são desconhecidas pelos consumidores.”, o termo destacado substitui:



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ATIVIDADE PROGRAMADA DE LÍNGUA PORTUGUESA - PROFESSORA: Andrisa Teixeira
TURMA 15   ( Período -  20/04  a 24/4)
Texto para reflexão
O GIGOLÔ DAS PALAVRAS
(Luis Fernando Veríssimo)
Quatro ou cinco grupos de alunos do Farroupilha estiveram lá em casa numa missão designada por seu professor de Português: saber se eu considerava o estudo da Gramática indispensável para aprender e usar nossa ou qualquer língua. Cada grupo portava seu gravador cassete, certamente o instrumento vital da pedagogia moderna, e andava arrecadando opiniões. Suspeitei, de saída, que o tal professor lia esta coluna, se descabelava diariamente com as suas afrontas às leis da língua, e aproveitava aquela oportunidade para me desmascarar. Já estava até preparando, às pressas, minha defesa (“Culpa da revisão! Culpa da revisão!”). Mas os alunos desfizeram o equívoco antes que ele se criasse. Eles mesmos tinham escolhido os nomes a serem entrevistados. Vocês têm certeza que não pegaram o Veríssimo errado? Não. Então vamos em frente.
Respondi que a linguagem, qualquer linguagem, é um meio de comunicação e que deve ser julgada exclusivamente como tal. Respeitadas algumas regras básicas da Gramática, para evitar os vexames mais gritantes, as outras são dispensáveis. A sintaxe é uma questão de uso, não de princípios. Escrever bem é escrever claro, não necessariamente certo. Por exemplo: dizer “escrever claro” não é certo mas é claro, certo? O importante é comunicar. (E quando possível surpreender, iluminar, divertir, comover… Mas aí entramos na área do talento, que também não tem nada a ver com a Gramática). A Gramática é o esqueleto da língua. Só predomina nas línguas mortas, e aí é de interesse restrito a necrólogos e professores de Latim, gente em geral pouco comunicativa. Aquela sombria gravidade que a gente nota nas fotografias em grupo dos membros da Academia Brasileira de Letras é de reprovação pelo Português ainda estar vivo. Eles só estão esperando, fardados, que o Português morra para poderem carregar o caixão e escrever sua autópsia definitiva. É o esqueleto que nos traz de pé, certo, mas ele não informa nada, assim como a Gramática é a estrutura da língua que sozinha não diz nada, não tem futuro. As múmias conversam entre si em Gramática pura.
Claro que eu não disse tudo isso para meus entrevistadores. E adverti que  minha implicância com a Gramática na certa se devia à minha pouca intimidade com ela. Sempre fui péssimo em Português. Mas – isto eu disse – vejam vocês, a intimidade com a Gramática é tão dispensável que eu ganho a vida escrevendo, apesar da minha total inocência na matéria. Sou um gigolô das palavras. Vivo às suas custas. E tenho com elas a exemplar conduta de um cáften profissional. Abuso delas. Só uso as que eu conheço, as desconhecidas são perigosas e potencialmente traiçoeiras. Exijo submissão. Não raro, peço delas flexões inomináveis para satisfazer um gosto passageiro. Maltrato-as, sem dúvida. E jamais me deixo dominar por elas. As palavras, afinal, vivem na boca do povo. São faladíssimas. Algumas são de baixíssimo calão. Não merecem o mínimo respeito.
Um escritor que passasse a respeitar a intimidade gramatical das suas palavras seria tão ineficiente quanto um gigolô que se apaixonasse pelo seu plantel. Acabaria tratando-as com a deferência de um namorado ou com a tediosa formalidade de um marido. A palavra seria a sua patroa! Com que cuidados, com que temores e obséquios ele consentiria em sair com elas em público, alvo da impiedosa atenção de lexicógrafos, etimologistas e colegas. Acabaria impotente, incapaz de uma conjunção. A Gramática precisa apanhar todos os dias para saber quem é que manda.

OS DEFEITOS DE UM TEXTO

O texto que acabamos de ler traduz a opinião do escritor Luis Fernando Veríssimo e sugere qual deve ser a nossa postura diante da língua portuguesa: a de que devemos dominá-la para nos comunicar com outros falantes da língua sem, contudo, nos afastarmos do objetivo principal: a clareza da comunicação.
Por isso, ao escrevermos devemos evitar defeitos que podem prejudicar a compreensão daquilo que escrevemos.
Vamos tratar, neste Roteiro, dos principais defeitos para os quais devemos estar atentos e não cometê-los.

1. AMBIGUIDADE
O dicionário define o que é ambigüidade: mais de um sentido, incerteza, hesitação, equívoco. Uma frase escrita apresentará ambigüidade quando der condições para ser interpretada de várias maneiras, isto é, apresentar vários sentidos. Isto ocorre, geralmente, quando houve mau emprego da pontuação, de palavras e/ou expressões. Veja o exemplo:
O médico examinou o cliente preocupado.           (quem estava preocupado: o médico ou o cliente?)

Aqui, a falta de uma vírgula ou a má localização de uma palavra na frase, gerou essa dúvida. A melhor construção da frase seria:
1.    O médico preocupado, examinou o cliente.
2.    O médico examinou o cliente, preocupado.
3.    Preocupado, o médico examinou o cliente.
4.    O médico que estava preocupado, examinou o cliente.
5.     
Ao usarmos uma vírgula e aproximarmos a palavra “preocupado” da palavra “médico”, evitamos que dois sentidos possam ser interpretados nesta frase. Naturalmente, se a idéia a ser comunicada é a do médico preocupado com o cliente.
A virgula é mais do que um simples elemento de pontuação. Enquanto os demais sinais têm uma função definida, a virgula influi diretamente no sentido do que está expresso. Assim sendo, ela é um elemento de leitura.
Um importante conselho para o treino da habilidade de redigir é prestar atenção nas vírgulas e tomar decisões corretas ao seu emprego. Sempre é bom consultar um manual sobre o emprego da virgula, mas como Veríssimo diz, “o importante é comunicar” e não nos deixarmos escravizar pelo “esqueleto” da língua: a gramática.

2. OBSCURIDADE
Obscuridade significa “falta de clareza”. Vários motivos podem determinar a obscuridade de um texto: períodos muito longos, uso de linguagem muito requintada, uso incorreto da pontuação, inversão inadequada dos termos da oração. Exemplo:
Encontrar a mesma idéia vertida em expressões antigas mais claras, expressiva e elegantemente tem-me acontecido inúmeras vezes na minha prática longa, aturada e contínua do escrever depois de considerar necessária e insuprível uma locução nova por muito tempo.”
Você entendeu o que está escrito? O texto está incompreensível. O parágrafo é longo: algumas palavras são inadequadas (idéias vertidas?), rebuscadas e a inversão de expressões evidencia a obscuridade. O trecho fica mais compreensível assim:
Depois de analisar e considerar insubstituível uma locução nova, tem-me acontecido encontrar a mesma idéia, com mais clareza e elegância, em uma outra expressão mais antiga.”

3. CACOFONIA
A cacofonia consiste no encontro de sons obtidos pela união de silabas finais e iniciais de palavras, produzindo uma palavra obscena ou desagradável.
Ex.:  Se lhe amas, deves dizê-lo. ( lhe + amas = lhamas )
Nunca gaste dinheiro com bobagens. ( Ca + gaste = cagaste )
Estas idéias, como as concebo, são irrealizáveis.  (como + as = como-as)
Ovo e uva boa!  ( Ô viúva boa! )

4. ECO
Consiste na repetição do mesmo som em palavras muito próximas umas das outras.
Exemplo: A decisão da eleição não causou comoção na população.     O aluno repetente mentealegremente.

5. PROLIXIDADE
A prolixidade consiste na utilização de palavras, além do necessário, para expressar uma idéia. Ser prolixo é ficar “enrolando”, “enchendo lingüiça”, não ir direto ao assunto.
Exemplo.:
A árvore, oca por dentro, era muito elevada, tinha vinte metros de altura total, do chão ao topo: estava, por esta   razão, prestes a cair, daí a instantes, para baixo.
O exemplo apresenta algumas expressões que são perfeitamente desnecessárias e algumas são até redundantes (já vimos isso no módulo 4 deste Curso). A melhor redação da frase seria assim:
A árvore, oca, tinha vinte metros de altura e estava prestes a cair.



Vamos exercitar? Resolva as seguintes questões em seu caderno

1) As frases abaixo apresentam ambigüidade. Explique qual a ambigüidade existente e reescreva-as de modo que fiquem claras, sem dupla interpretação.
a)     Peguei o ônibus correndo.
b)     O guarda deteve o suspeito em sua casa.
c)     O menino viu o incêndio do prédio.
d)     Michele telefonou para Rodrigo e avisou-lhe que sua amiga ia chegar naquela semana.

2) Reescreva os períodos abaixo, de modo que fiquem mais claros.
a)     Chegamos quando ainda era cedo e pusemos o que tinha sido encomendado no lugar que o administrador havia indicado que era para colocar.
b)     Espero que você envie, tendo a máxima urgência, o currículo que foi solicitado por aqueles que organizam o concurso que vai selecionar recepcionistas.
c)     Os atletas que acabaram vencendo as Olimpíadas receberam taças que foram confeccionadas especialmente para dar de prêmio naquela situação.






ESCOLA ESTADUAL ENSINO MÉDIO MARIA TERESA VILANOVA CASTILHOS
ATIVIDADE PROGRAMADA DE LÍNGUA PORTUGUESA - PROFESSORA: Andrisa Teixeira
TURMA 15   ( Período -  27/04  a 30/04)


DICAS PARA PRODUÇÃO TEXTUAL 


PRODUÇÃO TEXTUAL SOBRE O USO ATUAL DE TECNOLOGIA

    Nos dias de hoje, sabemos que a tecnologia em geral ─ WhatsApp, Youtube, Facebook e diversas redes sociais ─ faz parte da vida de milhares de pessoas em todo o mundo. Alguns dizem que a internet é positiva, porque ela aproxima as pessoas; outros a consideram negativa, porque afasta de forma presencial.

    A partir dessa reflexão, você escreverá um texto mostrando os dois lados.
§  No primeiro parágrafo, você demonstrará os seus aspectos negativos e,
§  No segundo parágrafo, mostrará os aspectos positivos.
§  Crie um título.   



EEEM Maria Teresa Vilanova Castilhos – Polivalente

Atividades do mês de junho
ESCOLA ESTADUAL ENSINO MÉDIO MARIA TERESA VILANOVA CASTILHOS
ATIVIDADE PROGRAMADA DE LÍNGUA PORTUGUESA - PROFESSORA: Andrisa Teixeira
TURMA 15  ( Período – junho)


A PALAVRA (Rubem Braga)

Tanto que tenho falado, tanto que tenho escrito - como não imaginar que, sem querer, feri alguém? Às vezes sinto, numa pessoa que acabo de conhecer, uma hostilidade surda, ou uma reticência de mágoas. Imprudente ofício é este, de viver em voz alta.
Às vezes, também a gente tem o consolo de saber que alguma coisa que se disse por acaso ajudou alguém a se reconciliar consigo mesmo ou com a sua vida de cada dia; a sonhar um pouco, a sentir uma vontade de fazer alguma coisa boa.
Agora sei que outro dia eu disse uma palavra que fez bem a alguém. Nunca saberei que palavra foi; deve ter sido alguma frase espontânea e distraída que eu disse com naturalidade porque senti no momento - e depois esqueci.
Tenho uma amiga que certa vez ganhou um canário, e o canário não cantava. Deram-lhe receitas para fazer o canário cantar; que falasse com ele, cantarolasse, batesse alguma coisa ao piano; que pusesse a gaiola perto quando trabalhasse em sua máquina de costura; que arranjasse para lhe fazer companhia, algum tempo, outro canário cantador; até mesmo que ligasse o rádio um pouco alto durante uma transmissão de jogo de futebol... mas o canário não cantava.
Um dia a minha amiga estava sozinha em casa, distraída, e assobiou uma pequena frase melódica de Beethoven - e o canário começou a cantar alegremente. Haveria alguma secreta ligação entre a alma do velho artista morto e o pequeno pássaro cor de ouro?
Alguma coisa que eu disse distraído - talvez palavras de algum poeta antigo - foi despertar melodias esquecidas dentro da alma de alguém. Foi como se a gente soubesse que de repente, num reino muito distante, uma princesa muito triste tivesse sorrido. E isso fizesse bem ao coração do povo, iluminasse um pouco as suas pobres choupanas e as suas remotas esperanças.

01. O cronista qualifica seu ofício de
“imprudente.”
O ofício de cronista é imprudente porque
A) é obrigado a viver em voz alta.           C) pode ferir alguém.
B) tem de escrever muito.                         D) pode ajudar alguém.

02. Para o autor Rubem Braga,  escrever crônicas é
A) ser conhecido por todo mundo.
B) não conseguir esconder nada de ninguém.
C) contar aos outros suas experiências pessoais.
D) escrever tudo o que pensa e sente.

Nos dois primeiros parágrafos , o cronista fala dos efeitos da  palavra que tanto pode ferir, como ajudar.
03. Assinale a alternativa em que se apresentam os dois  significados desses efeitos.
A) Gerar mágoas ou levar alguém a se reconciliar consigo mesmo.
B) Levar alguém a sentir vontade de fazer algo bom.
C) Gerar hostilidade em alguém.
D) Gerar tristeza e revolta em alguém.

04. Observe o seguinte fato ocorrido no texto:
“Minha amiga assobiou uma pequena frase melódica de  Beethoven.”
A conseqüência desse fato foi que
A) o autor ficou distraído.
B) o cronista ajudou alguém a se  reconciliar consigo mesmo.
C) o canário começou a cantar alegremente.
D) uma princesa que estava triste, sorriu.

05.
Melodias é uma metáfora usada no texto para representar
A) uma canção esquecida.
B) coisas boas, sonhos.
C) palavras espontâneas, amigas.
D) palavras de algum poeta antigo.

06. A frase que expressa  a idéia principal da crônica é
A) Sem querer, a palavra fere.
B) Por acaso, a palavra ajuda.
C) Pela palavra, vivemos em voz alta.
D) Sempre a palavra é perigosa.

07. Segundo o texto, sentir numa pessoa uma reticência de  mágoas significa que a pessoa
A) confessa timidamente que foi magoada.
B) demonstra mágoa sem dizer nada.
C) interrompe o que estava dizendo, magoada.
D) manifesta indiferença.


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ATIVIDADE PROGRAMADA DE LÍNGUA PORTUGUESA - PROFESSORA: Andrisa Teixeira
TURMA 15  ( Período – junho)

Linguagem Formal e Informal


linguagem formal e informal são duas variantes linguísticas que possuem o intuito de comunicar. No entanto, elas são utilizadas em contextos distintos.
Sendo assim, é muito importante saber diferenciar essas duas variantes para compreender seus usos em determinadas situações.
Quando falamos com amigos e familiares utilizamos a linguagem informal. Entretanto, se estamos numa reunião na empresa, numa entrevista de emprego ou escrevendo um texto, devemos utilizar a linguagem formal.

Diferenças

Na tirinha acima podemos notar a presença da linguagem formal e informal
A linguagem formal, também chamada de "culta" está pautada no uso correto das normas gramaticais bem como na boa pronúncia das palavras.
Já a linguagem informal ou coloquial representa a linguagem cotidiana, ou seja, trata-se de uma linguagem espontânea, regionalista e despreocupada com as normas gramaticais.
No âmbito da linguagem escrita, podemos cometer erros graves entre as linguagens formal e informal.
Dessa forma, quando os estudantes produzem um texto, pode haver dificuldade de se distanciar da linguagem mais espontânea e coloquial. Isso acontece por descuido ou mesmo por não dominarem as regras gramaticais.
Assim, para que isso não aconteça, é muito importante estar atento à essas variações, para não cometer erros.
Duas dicas muito importantes para evitar escrever um texto repleto de erros e expressões coloquiais são:
·         Conhecer as regras gramaticais;
·         Possuir o hábito da leitura, que auxilia na compreensão e produção dos textos, uma vez que amplia o vocabulário do leitor.

Exemplos

Para melhor entender essas duas modalidades linguísticas, vejamos os exemplos abaixo:

Exemplo 1

Doutor Armando seguiu até a esquina para encontrar o filho que chegava da escola, enquanto Maria, sua esposa, preparava o almoço.
Quando chegaram em casa, Armando e seu filho encontraram Dona Maria na cozinha preparando uma das receitas de família, o famoso bolo de fubá cremoso, a qual aprendera com sua avó Carmela.

Exemplo 2

Doutor Armando foi até a esquina esperá o filho que chegava da escola. Nisso, a Maria ficou em casa preparando o almoço.
Quando eles chegarão em casa a Maria tava na cozinha preparando a famosa receita da família boa pra caramba o bolo de fubá cremoso.
Aquele que ela aprendeu cum a senhora Carmela anos antes da gente se casâ.
De acordo com os exemplos acima fica claro distinguir o texto formal (exemplo 1) do texto informal (exemplo 2).
Observe que o primeiro exemplo segue as regras gramaticais de concordância e pontuação.
Já o segundo, não segue as normas da língua culta, ou seja, apresenta erros gramaticais, ortográficos e falta de pontuação.

Exercícios

1. Utilizamos a linguagem coloquial em qual situação:
a) Durante uma entrevista de emprego
b) Durante uma conversa com os amigos
c) Numa palestra para o público
d) Na sala de aula com a professora

2.       Leia o texto abaixo e responda as questões sugeridas:

A LEI PROTEGE TEMER DE INVESTIGAÇÃO POR ATOS FORA DO MANDATO?

Apesar de aparecer em dois pedidos de inquérito enviados pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente Michel Temer não entrou, pelo menos por ora, na lista de políticos investigados sob o escrutínio da mais alta corte do país.

A razão para isso, segundo o próprio Janot, é que Temer possui uma espécie de “imunidade temporária” determinada pela Constituição para quem ocupa o cargo de Presidente da República.

a)   Que gênero textual é esse acima?
b)   Que variedade linguística foi usada para escrever esse texto?
c)   Por que foi usado essa modalidade de linguagem e não outra?

3 Leia o texto abaixo:

Gerente – Boa tarde. Em que eu posso ajudá-lo?
Cliente – Estou interessado em financiamento para compra 
de veículo.
Gerente – Nós dispomos de várias modalidades de crédito. 
O senhor é nosso cliente?
Cliente – Sou Júlio César Fontoura, também sou
funcionário do banco.
Gerente – Julinho, é você, cara? Aqui é a Helena! Cê tá
em Brasília? Pensei que você inda tivesse na agência de
Uberlândia! Passa aqui pra gente conversar com calma.

(BORTONI-RICARDO, S. M. Educação em língua materna.
São Paulo: Parábola, 2004 (adaptado))

Na representação escrita da conversa telefônica entre a gerente do banco e o cliente, observa-se que a maneira de falar da gerente foi alterada de repente devido

a)  à adequação de sua fala à conversa com um amigo, caracterizada pela informalidade
b)   à iniciativa do cliente em se apresentar como funcionário do banco.
c)   ao fato de ambos terem nascido em Uberlândia (Minas Gerais).
d)   à intimidade forçada pelo cliente ao fornecer seu nome completo
e)   ao seu interesse profissional em financiar o veículo de Júlio.


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