ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MEDIO MARIA TERESA
VILANOVA DE CASTLHOS
Nome:...............................Turma:
T8 e 24
Disciplina: Ensino
Religioso Prof.: Marliza
Curtinove
marlacurt@hotmail.com Fone:
999351994
AULA PROGRAMADA 07/04, 14/04
As atividades deverão ser
copiadas no caderno ou impressas, pois serão avaliadas após nosso retorno.
Qual lugar é sagrado?
Lugar
pode ser um espaço que se torna familiar para o sujeito, é o local onde ocorrem
as relações do dia a dia. Construímos nosso entendimento de lugar na relação de
afetividade, identidade, onde o particular e histórico acontece. Por outro
lado, espaço pode ser qualquer local, independente de identificação ou
familiaridade, é qualquer porção da superfície terrestre. No espaço estamos
vulneráveis, no lugar no sentimos acolhidos e sentimos que podemos fazer parte.
O
que torna um lugar sagrado é a identificação e o valor atribuído a ele. Muitas
vezes é entendido como sagrado o local em que nasceu ou morreu um determinado
líder religioso, onde foram construídos templos de adoração, igrejas,
cemitérios, catacumbas, criptas ou mausoléus, ou seja, o espaço no qual
enterramos os mortos, onde se fazem os cultos e rituais em reverência ao
divino.
O lugar sagrado e a
arte na religião
Vamos
conhecer os lugares sagrados de algumas organizações religiosas e analisar as
produções artísticas e culturais que as diferenciam.
Acredita-se
que na pré-história as pinturas feitas no interior das cavernas em galerias
muito distantes possuíam finalidades ritualísticas. No período paleolítico, os
caçadores, ao pintar suas experiências cotidianas, como a de caça aos animais,
acabavam por adquirir um domínio sobre eles, então as pinturas tinham uma
função de culto e objetivo religioso, à medida em que poderiam invocar forças
místicas ou divinas. Essas pinturas feitas nas cavernas são chamadas de
pinturas rupestres.
No
antigo Egito, surge a arquitetura monumental das pirâmides, grandiosas
construções que serviram como túmulos para os Faraós, os quais eram os líderes
máximos daquele povo. As pirâmides mais famosas são as de Queóps,
Quefrene Miquerinos, localizadas
no deserto de Gisé.
A
arte egípcia estava intimamente ligada à religião. Além de pirâmides eles
construíram templos, esculturas, pinturas, artes decorativas, máscaras
funerárias, relevos e artefatos que simbolizavam, por meio da arte, todo o
poder da cultura dos egípcios. A arte Egípcia era bastante padronizada e tinha
a função de difundir preceitos e crenças religiosas.
O
Faraó era considerado um ser divino que exercia controle completo sobre seu
povo e que retornaria junto aos Deuses de onde viera. A arquitetura das pirâmides,
erguendo-se em direção aos céus, colaboraria no processo de elevação e ascensão
da alma. Também ajudaria na conservação e preservação do corpo sagrado do
Faraó, evitando a decomposição. Eles acreditavam que o corpo deveria ser
mantido para que a alma, que vive no além, possa retornar e assumir sua posição
como soberano.
Por
isso procuravam impedir a decomposição com um elaborado método de embalsamar e
enfaixar em tiras de tecido vegetal. Em volta da câmara funerária, que se
situava no centro da gigantesca estrutura de pedra, eram depositados escritos
que continham encantamentos e fórmulas mágicas para auxiliar na jornada para o
outro mundo. Também costumavam sepultar junto com o Faraó os seus servos, como
acompanhantes para ele não chegar no além desprovido de servos e escravos. A
arte contribui para a substituição deste costume. Em vez de sepultar servos
humanos, passaram a oferecer imagens e pinturas. Segundo Ostrower (2004), na
obra Universo da Arte,
as pinturas egípcias eram pinturas funerárias, que tinham como objetivo, por um
lado, decorar o túmulo dos Faraós e, por outro, acompanhar o morto em sua
viagem ao além e lhe fornecer as condições necessárias para desfrutar a
imortalidade. A arte egípcia, portanto, estava fortemente vinculada à religião,
tratando de temas como a morte e a imortalidade.
Assim
como os egípcios, a cultura Greco-romana construiu muitos templos para cultuar
seus Deuses. Para eles os Deuses habitavam o monte Olimpo, e o mais poderoso
entre eles era Zeus, esposo da Deusa Hera, protetora dos casamentos. A
Mitologia era um dos elementos da religião grega. Nela, cada deus tinha uma
função, por exemplo: Afrodite era a Deusa da beleza; Eros do amor; Poseidon dos
mares; Apolo da harmonia e da luz; Atena Deusa da sabedoria; Dionísio deus da
desordem e do vinho etc.
Em
homenagem a eles foram construídos muitos templos, com magnífica arquitetura e
riqueza artística. Esses templos eram respeitados como lugares sagrados, onde
aconteciam rituais e oferendas aos Deuses para manter o elo que ligava os
homens às divindades. Porém, essas estruturas não foram construídas para
abrigar pessoas, mas para evitar a excessiva exposição das esculturas de Deuses
e Deusas ao sol ou chuva.
Faraó
era o título atribuído aos soberanos do Antigo
Egito, que possuíam estatuto de Deuses.
Cidades sagradas
(Hierópolis)
As
cidades sagradas têm, por alguma razão, em sua vida cotidiana, uma forte
ligação com o sagrado. Meca, por exemplo, é considerada pelos muçulmanos uma
cidade sagrada e, por isso, muito importante para sua religiosidade. Ela é o
lugar em que nasceu o profeta Muhammad (Maomé).
Entretanto, já era considerada sagrada antes do seu nascimento.
Segundo
o Corão, escritura sagrada do Islamismo, o devoto muçulmano deve orar cinco
vezes ao dia em direção à Meca (salat) e peregrinar até lá, mesmo que através
de procuração escrita, caso não tenha recursos. A peregrinação até Meca é
chamada Hajj. Lá existe uma
grande mesquita que abriga em seu interior a Caaba (Cubo). A Caaba é coberta
por um manto negro que contém várias inscrições bordadas em ouro. Dentro dela
está a pedra sagrada que, segundo conta a tradição, foi enviada do céu como
presente a Abraão.
A
rocha que era branca, então ficou negra ao absorver os pecados do homem. O
muçulmano deve dar sete voltas ao redor da Caaba e depois beijar a pedra
sagrada. Os peregrinos também atiram 49 pedras em três pilares que representam
o demônio. Todos os peregrinos vestem o mesmo traje, composto de dois pedaços
de tecido branco sem costura, um amarrado na cintura e outro colocado sobre o
ombro. Essa tradição representa a igualdade dos fiéis aos olhos de Alá.
Um
dos lugares sagrados mais visitados no mundo é cidade de Jerusalém. Três
tradições religiosas atribuem grande valor espiritual a esta cidade, são elas:
Judaísmo, Cristianismo e Islamismo. Jerusalém, a maior cidade de Israel, é o
local onde foi construído o templo de Salomão. Salomão foi um dos mais importantes
reis judeus.
Muitos
cristãos peregrinam até Jerusalém porque foi nesta cidade que Jesus fez grande
parte de suas pregações, e os muçulmanos construíram uma mesquita sobre as
antigas ruínas do templo de Salomão, consagrando também a cidade. Portanto,
esse lugar é considerado sagrado para os cristãos, os muçulmanos e os judeus.
O muro ocidental, conhecido também, como Muro das Lamentações é a única relíquia do último templo e por isso é lugar sagrado e venerado pelo povo judeu. O muro ocidental é uma pequena parte da muralha que Herodes construiu no ano 20 a.C., em redor do segundo Grande Templo. No ano 70, quando da destruição da cidade por Tito, este deixou de pé parte da muralha, para mostrar, às futuras gerações, a grandeza dos soldados romanos que foram capazes de destruir o resto da edificação. Durante o período romano era proibida a entrada dos judeus em Jerusalém. Já no período bizantino foi permitido a entrada dos judeus, uma vez por ano, no aniversário da destruição, quando lamentavam a dispersão de seu povo e choravam sobre as ruínas do Templo. Daí vem o nome: Muro das Lamentações. O costume de orar junto ao Muro continuou durante o decorrer dos séculos. Entre 1948 e 1967 o acesso ao muro foi novamente proibido aos judeus, já que ele se encontrava na parte jordaniana da cidade dividida. Depois da Guerra dos Seis Dias, o Muro das Lamentações converteu-se em um lugar de júbilo nacional e de culto religioso.” (Adaptado: SHALOM). Terreiro: lugar sagrado das tradições religiosas afro-brasileiras Terreiro é o nome atribuído aos locais de culto das tradições religiosas de matriz africana. São, desta forma, sagrados tanto quanto os locais de culto de qualquer outra designação religiosa. Quando os africanos foram trazidos para o Brasil, contra sua vontade, tiveram que forçosamente abandonar tudo aquilo que para eles fazia sentido, sua terra natal, locais sagrados, familiares, etc. Uma das formas de resistência foi procurar manter sua adoração a Olorum (criador), além de outras divindades. Portanto, os terreiros de Umbanda e Candomblé, além de serem lugares sagrados, são também locais de resistência e preservação cultural, zelando pela memória de um povo enquanto nação. (BRASIL, 2005). História da verdade Conta-se na tradição oral das matrizes africanas que no princípio havia apenas uma verdade no mundo. Entre Orun(mundo invisível e espiritual) e o Aiê(mundo natural e material) existia um espelho. Então, tudo o que estava no Orunse materializava no Aiê. Ou seja, tudo que existia no mundo espiritual acabava por aparecer no mundo material. Não existia dúvida sobre os acontecimentos serem verdadeiros, até que uma jovem menina que estava pilando mandioca, chamada Mahura, descuidou-se e bateu forte no espelho, que se quebrou, espalhando-se pelo mundo. Mahuracorreu desculpar-se com Olorum, mas ele estava tranquilo sentado à sombra de um iroko(planta sagrada e guardiã do terreiro). Olorumdisse que a partir daquele dia não existiria mais uma verdade única, e quem encontrasse um pedaço do espelho em qualquer parte do mundo não encontraria mais do que uma parte da verdade, porque o espelho reflete a imagem do lugar onde se encontra. Com isso entendemos que é preciso conviver com as diferenças. A verdade não pertence a ninguém, cada um está certo dentro daquilo que considera correto em sua crença. A verdade está em parte dentro de cada um de nós. O mais importante é o respeito pelo que cada pessoa considera sagrado. O Brasil é um país multiétnico, com uma grande diversidade religiosa e, para convivermos em harmonia, não devemos desconsiderar, muito menos agredir, qualquer pessoa, pertença ou não a determinada tradição religiosa. |
Atividades
a) Escolha uma organização religiosa. Após uma
breve pesquisa sobre os lugares sagrados dessa religião, monte um painel ou um
mapa mental ou mural sobre a paisagem religiosa (igreja, templo, mesquita,
terreiro etc.) escolhida.
b)
Leia e interprete o poema A verdade dividida, de Carlos Drummond de Andrade
A verdade dividida
A porta da verdade estava aberta
mas só deixava passar
meia pessoa de cada vez.
Assim não era possível atingir toda a verdade,
porque a meia pessoa que entrava
só conseguia o perfil de meia verdade.
E sua segunda metade
voltava igualmente com meio perfil.
E os meios perfis não coincidiam.
Arrebentaram a porta. Derrubaram a porta.
Chegaram ao lugar luminoso
onde a verdade esplendia os seus fogos.
Era dividida em duas metades
diferentes uma da outra.
Chegou-se a discutir qual a metade mais bela.
Nenhuma das duas era perfeitamente bela.
E era preciso optar. Cada um optou
conforme seu capricho, sua ilusão, sua miopia.
AULA PROGRAMADA: 28/4
PESQUISAR NA INTERNET PODE SER EM DUPLA OU
INDIVIDUAL UM DESTES CALENDARIOS ABAIXO:
FAZER UM RESUMO E UMA APRESNTAÇÃO EM SLIDES PARA
APRESENTAR OS SLIDES DEVEM SER ENVIADOS PARA O MEU MAIL, COM IDENTIFICAÇÃO DA
DUPLA.
Calendário
cristão
Calendário judaico
Calendário indígena
Calendário maia
Calendário muçulmano.
Sites de apoio:
EEEM Maria Teresa Vilanova Castilhos – Polivalente
Atividades do mês de junho
AULA PROGRAMADA DE ENSINO RELIGIOSO – PROFº.:MARLIZA CURTINOVE
Data: 02/06/2020 e 09/06/2020
Turmas: EJA 8A / 9A
CONTEÚDO: Identidade.
ORIENTAÇÕES: Copiar, pesquisar e responder as questões no caderno.
OBSERVAÇÕES: As atividades referentes aos meses de março e abril deverão ser enviadas (fotos ou arquivos de texto) para o e-mail marlacurt@hotmail.com até sábado, dia 06/06/2020; seguindo orientações da 11ª Coordenadoria Regional de Educação.
1) Leia o texto a seguir:
Linha do tempo é uma descrição ou registro de eventos e personagens organizados em função da sua ocorrência ao longo da história humana.
As Linhas do tempo são particularmente úteis para estudar história, inclusive a nossa, pois dão uma ideia das mudanças que ocorreram nesse tempo. Nesse contexto, traçar uma linha pessoal é uma forma muito efetiva para conseguir entender e honrar nossa própria história de vida. A construção de uma linha do tempo pessoal permite que o indivíduo revisite memórias importantes e eventos marcantes do passado.
Coloque as datas mais importantes. Percorra a linha e marque os pontos onde ficarão os eventos. Desenhe uma linha vertical na linha do tempo principal para mostrar os anos em que esses eventos aconteceram. Em seguida, escreva uma breve descrição de cada um. Organize as datas em sequência.
2) Veja o modelo em:
https://www.google.com/search?q=linha+do+tempo+pessoal&sxsrf=ALeKk03Pfmm6CbTrUrGx218kpyZ5XeJ8zQ:1586556773587&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwio9p7H8N7oAhW6IrkGHV9oBbQQ_AUoAXoECAwQAw&biw=1366&bih=657
3) Criar uma linha do tempo pessoal apresentando a sua história (vivências, acontecimentos, experiências) ao longo da vida.
Use desenhos, frases, gravuras, fotos. Seja criativo!
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