Língua Portuguesa -EJA
Turma: T7
Professora: Marliesi
1ª Semana: Produção Textual;
2ª Semana: Revisão Classes Gramaticais;
3ª Semana: Acentuação;
4ª Semana: Produção Textual.
Material de apoio: Textos do material.
Observação: As atividades aparecerão ao final de cada texto e deverão ser realizadas no caderno.
Coronavírus: a família de vírus que causou a pandemia de COVID-19
Os coronavírus são uma família de vírus, conhecida há muito tempo, responsável por desencadear desde resfriados comuns a síndromes respiratórias graves, como é o caso da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars) e a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers). A transmissão desses vírus pode ocorrer de uma pessoa para outra por meio do contato próximo com o doente. Recentemente, um novo tipo de coronavírus foi descoberto, o 2019-nCoV, o qual tem causado mortes e também bastante preocupação.
Vale salientar que os coronavírus são vírus zoonóticos, ou seja, podem ser transmitidos entre o ser humano e outros animais. Porém, isso não ocorre com todos os coronavírus, sendo conhecidos alguns tipos que circulam apenas entre os animais.
→ Sintomas de doenças causadas pelos coronavírus
Tosse;
Dificuldade respiratória;
Falta de ar;
Febre.
Em casos de síndromes respiratórias mais graves, podem ocorrer insuficiência renal e até mesmo morte.
→ Prevenção do coronavírus
Para se prevenir de doenças causadas por coronavírus, as principais medidas são:
Evitar contato próximo com pessoas que apresentam infecções respiratórias;
Lavar bem as mãos;
Evitar tocar os olhos, nariz e boca sem ter higienizado as mãos;
Evitar compartilhamento de objetos de uso pessoal, tais como copos e talheres;
Evitar contato com animais doentes;
Cozinhar bem ovos e carne.
→ Síndromes respiratórias agudas graves causadas por coronavírus
A Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars) e a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers) são duas ocorrências graves causadas pelo coronavírus.
A Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars) foi identificada pela primeira vez na China, em 2002. Essa doença espalhou-se rapidamente e causou a morte de mais de 800 pessoas. A epidemia global da doença foi controlada em 2003. Os sintomas da Sars são febre, tosse e dificuldade respiratória, evoluindo rapidamente para insuficiência respiratória. Não há casos da doença desde 2004. Hoje se sabe que a transmissão da doença apresentava relação com gatos selvagens que continham o vírus.
A Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers) foi identificada pela primeira vez na Arábia Saudita, no ano de 2012. Os sintomas são semelhantes aos de outras doenças causadas por coronavírus, ou seja, febre, tosse e falta de ar. Alguns pacientes também relataram sintomas gastrointestinais. Hoje se sabe que o vírus ligado à Mers tinha nos dromedários um importante reservatório. Esses animais eram, portanto, os transmissores da doença.
→ Coronavírus (COVID-19)
O SARS-CoV-2 é o coronavírus mais recentemente descoberto. Inicialmente recebeu a denominação de 2019-nCoV, mas, no dia 11 de fevereiro de 2020, passou a ser chamado de SARS-CoV-2. O vírus foi isolado no dia 7 de janeiro de 2020 e detectado primeiramente na cidade chinesa de Wuhan. Antes dessa identificação, a China já havia informado a Organização Mundial de Saúde, no dia 31 de dezembro de 2019, da ocorrência de uma pneumonia de causa desconhecida.
A primeira morte ocorrida em decorrência desse novo vírus aconteceu no dia 11 de janeiro de 2020. Rapidamente a doença, que ficou conhecida por COVID-19, alastrou-se pelo planeta. Em março de 2020, todos os continentes já haviam sido afetados. Isso levou a OMS a declarar, no dia 11 de março de 2020, que a COVID-19 é, sim, uma pandemia.
Até o dia 31 de março de 2020, foram registrados pela OMS 44.494 mil mortes decorrentes da doença e 846.576 mil casos confirmados. No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, até o dia 31 de março, 5.717 casos foram confirmados pelo Ministério da Saúde e 201 mortes ocorreram no país até a data. No mundo, a letalidade do vírus é de cerca de 4,7%.
Inicialmente, acreditou-se que a doença era transmitida apenas de animais para humanos. Entretanto, após o aumento do número de casos, descobriu-se que a transmissão poderia ocorrer também de uma pessoa para outra. Os sintomas da infecção causada pelo novo coronavírus são: febre, dificuldade respiratória, tosse e falta de ar. Os casos mais graves podem evoluir para insuficiência renal e síndrome respiratória aguda grave. Vale destacar que, de acordo com uma pesquisa realizada na China, os principais fatores de risco para a morte por COVID-19 são a idade avançada e problemas de coagulação.
A recomendação para se prevenir da doença é lavar as mãos regularmente, fazer a higienização das mãos utilizando álcool em gel e evitar tocar nos olhos, nariz e boca. Recomenda-se também evitar contato próximo com pessoas com sintomas de doenças respiratórias. As máscaras só são recomendadas para pessoas com sintomas respiratórios, como tosse e dificuldade respiratória, e para profissionais de saúde que cuidarão de pessoas com esses sintomas. Caso não tenha nenhum sintoma respiratório, o uso da máscara não é necessário.
Por Vanessa Sardinha dos Santos
Professora de Biologia
SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Coronavírus: a família de vírus que causou a pandemia de COVID-19"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/doencas/coronavirus.htm. Acesso em 03 de abril de 2020.
Atividade da 1ª Semana:
Produção Textual:
Escreva uma pequena reflexão acerca das seguintes perguntas: De que forma a pandemia do Coronavírus mudou a tua rotina? Qual a importância da conscientização de todos em relação ao momento que vivemos? Tu concordas com as medidas preventivas adotadas pelos governantes? Quais as tuas sugestões para que possamos superar este momento de crise mundial?
Classes gramaticais: as 10 classes de palavras
Segundo um estudo morfológico da língua portuguesa, as palavras podem ser analisadas e catalogadas em dez classes de palavras ou classes gramaticais distintas, sendo elas: substantivo, artigo, adjetivo, pronome, numeral, verbo, advérbio, preposição, conjunção e interjeição.
Substantivo
Substantivos são palavras que nomeiam seres, lugares, qualidades, sentimentos, noções, entre outros. Podem ser flexionados em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e grau (diminutivo, normal, aumentativo). Exercem sempre a função de núcleo das funções sintáticas onde estão inseridos (sujeito, objeto direto, objeto indireto e agente da passiva).
Substantivos simples
casa;
amor;
roupa;
livro;
felicidade.
Substantivos compostos
passatempo;
arco-íris;
beija-flor;
segunda-feira;
malmequer.
Substantivos primitivos
folha;
chuva;
algodão;
pedra;
quilo.
Substantivos derivados
território;
chuvada;
jardinagem;
açucareiro;
livraria.
Substantivos próprios
Flávia;
Brasil;
Carnaval;
Nilo;
Serra da Mantiqueira.
Substantivos comuns
mãe;
computador;
papagaio;
uva;
planeta.
Substantivos coletivos
rebanho;
cardume;
pomar;
arquipélago;
constelação.
Substantivos concretos
mesa;
cachorro;
samambaia;
chuva;
Felipe.
Substantivos abstratos
beleza;
pobreza;
crescimento;
amor;
calor.
Substantivos comuns de dois gêneros
o estudante / a estudante;
o jovem / a jovem;
o artista / a artista.
Substantivos sobrecomuns
a vítima;
a pessoa;
a criança;
o gênio;
o indivíduo.
Substantivos epicenos
a formiga;
o crocodilo;
a mosca;
a baleia;
o besouro.
Substantivos de dois números
o lápis / os lápis;
o tórax / os tórax;
a práxis / as práxis.
Artigo
Artigos são palavras que antecedem os substantivos, determinando a definição ou a indefinição dos mesmos. Sendo flexionados em gênero (masculino e feminino) e número (singular e plural), indicam também o gênero e o número dos substantivos que determinam.
Artigos definidos
o;
a;
os;
as.
Artigos indefinidos
um;
uma;
uns;
umas.
Adjetivo
Adjetivos são palavras que caracterizam um substantivo, conferindo-lhe uma qualidade, característica, aspecto ou estado. Podem ser flexionados em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e grau (normal, comparativo, superlativo).
Adjetivos simples
vermelha;
lindo;
zangada;
branco.
Adjetivos compostos
verde-escuro;
amarelo-canário;
franco-brasileiro;
mal-educado.
Adjetivo primitivo
feliz;
bom;
azul;
triste;
grande.
Adjetivo derivado
magrelo;
avermelhado;
apaixonado.
Adjetivos biformes
bonito;
alta;
rápido;
amarelas;
simpática.
Adjetivos uniformes
competente;
fácil;
verdes;
veloz;
comum.
Adjetivos pátrios
paulista;
cearense;
brasileiro;
italiano;
romeno.
Pronome
Pronomes são palavras que substituem o substantivo numa frase (pronomes substantivos) ou que acompanham, determinam e modificam os substantivos, atribuindo particularidades e características aos mesmos (pronomes adjetivos). Podem ser flexionados em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e pessoa (1.ª, 2.ª ou 3.ª pessoa do discurso).
Pronomes pessoais retos
eu;
tu;
ele;
nós;
vós;
eles.
Pronomes pessoais oblíquos
me;
mim;
comigo;
o;
a;
se;
conosco;
vos.
Pronomes pessoais de tratamento
você;
senhor;
Vossa Excelência;
Vossa Eminência.
Pronomes possessivos
meu;
tua;
seus;
nossas;
vosso;
sua.
Pronomes demonstrativos
este;
essa;
aquilo;
o;
a;
tal.
Pronomes interrogativos
que;
quem;
qual;
quanto.
Pronomes relativos
que;
quem;
onde;
a qual;
cujo;
quantas.
Pronomes indefinidos
algum;
nenhuma;
todos;
muitas;
nada;
algo.
Numeral
Numerais são palavras que indicam quantidades de pessoas ou coisas, bem como a ordenação de elementos numa série. Alguns numerais podem ser flexionados em gênero (masculino e feminino) e número (singular e plural), outros são invariáveis.
Numerais cardinais
um;
sete;
vinte e oito;
cento e noventa;
mil.
Numerais ordinais
primeiro;
vigésimo segundo;
nonagésimo;
milésimo.
Numerais multiplicativos
duplo;
triplo;
quádruplo;
quíntuplo.
Numerais fracionários
um meio;
um terço;
três décimos.
Numerais coletivos
dúzia;
cento;
dezena;
quinzena
Verbo
Verbos são palavras que indicam, principalmente, uma ação. Podem indicar também uma ocorrência, um estado ou um fenômeno. Podem ser flexionados em número (singular e plural), pessoa (1.ª, 2.ª ou 3.ª pessoa do discurso), modo (indicativo, subjuntivo e imperativo), tempo (passado, presente e futuro), aspecto (incoativo, cursivo e conclusivo) e voz (ativa, passiva e reflexiva).
Verbos regulares
cantar;
amar;
vender;
prender;
partir;
abrir.
Verbos irregulares
medir;
fazer;
ouvir;
haver;
poder;
crer.
Verbos anômalos
ser;
ir.
Verbos principais
comer;
dançar;
saltar;
escorregar;
sorrir;
rir.
Verbos auxiliares
ser;
estar;
ter;
haver;
ir.
Verbos de ligação
ser;
estar;
parecer;
ficar;
tornar-se;
continuar;
andar;
permanecer.
Verbos defectivos
falir;
banir;
reaver;
colorir;
demolir;
adequar.
Verbos impessoais
haver;
fazer;
chover;
nevar;
ventar;
anoitecer;
escurecer.
Verbos unipessoais
latir;
miar;
cacarejar;
mugir;
convir;
custar;
acontecer.
Verbos abundantes
aceitado / aceito;
ganhado / ganho;
pagado / pago.
Verbos pronominais essenciais
arrepender-se;
suicidar-se;
zangar-se;
queixar-se;
abster-se;
dignar-se.
Verbos pronominais acidentais
pentear / pentear-se;
sentar / sentar-se;
enganar / enganar-se
debater / debater-se.
Advérbio
Advérbios são palavras que modificam um verbo, um adjetivo ou um advérbio, indicando uma circunstância (tempo, lugar, modo, intensidade,…). São invariáveis, não sendo flexionadas em gênero e número. Contudo, alguns advérbios podem ser flexionados em grau.
Advérbio de lugar
aqui;
ali;
atrás;
longe;
perto;
embaixo.
Advérbio de tempo
hoje;
amanhã;
nunca;
cedo;
tarde;
antes.
Advérbio de modo
bem;
mal;
rapidamente;
devagar;
calmamente;
pior.
Advérbio de afirmação
sim;
certamente;
certo;
decididamente.
Advérbio de negação
não;
nunca;
jamais;
nem;
tampouco.
Advérbio de dúvida
talvez;
quiçá;
possivelmente;
provavelmente;
porventura.
Advérbio de intensidade
muito;
pouco;
tão;
bastante;
menos;
quanto.
Advérbio de exclusão
salvo;
senão;
somente;
só;
unicamente;
apenas.
Advérbio de inclusão
inclusivamente;
também;
mesmo;
ainda.
Advérbio de ordem
primeiramente;
ultimamente;
depois.
Preposição
Preposições são palavras que estabelecem conexões com vários sentidos entre dois termos da oração. Através de preposições, o segundo termo (termo consequente) explica o sentido do primeiro termo (termo antecedente). São invariáveis, não sendo flexionadas em gênero e número.
Preposições simples essenciais
a;
após;
até;
com;
de;
em;
entre;
para;
sobre.
Preposições simples acidentais
como;
conforme;
consoante;
durante;
exceto;
fora;
mediante;
salvo;
segundo;
senão.
Preposições compostas ou locuções prepositivas
acima de;
a fim de;
apesar de;
através de;
de acordo com;
depois de;
em vez de;
graças a;
perto de;
por causa de.
Conjunção
Conjunções são palavras utilizadas como elementos de ligação entre duas orações ou entre termos de uma mesma oração, estabelecendo relações de coordenação ou de subordinação. São invariáveis, não sendo flexionadas em gênero e número.
Conjunções coordenativas aditivas
e;
nem;
também;
bem como;
não só...mas também.
Conjunções coordenativas adversativas
mas;
porém;
contudo;
todavia;
entretanto;
no entanto;
não obstante.
Conjunções coordenativas alternativas
ou;
ou...ou;
já…já;
ora...ora;
quer...quer;
seja...seja.
Conjunções coordenativas conclusivas
logo;
pois;
portanto;
assim;
por isso;
por consequência;
por conseguinte.
Conjunções coordenativas explicativas
que;
porque;
porquanto;
pois;
isto é.
Conjunções subordinativas integrantes
que;
se.
Conjunções subordinativas adverbiais causais
porque;
que;
porquanto;
visto que;
uma vez que;
já que;
pois que;
como.
Conjunções subordinativas adverbiais concessivas
embora;
conquanto;
ainda que;
mesmo que;
se bem que;
posto que.
Conjunções subordinativas adverbiais condicionais
se;
caso;
desde;
salvo se;
desde que;
exceto se;
contando que.
Conjunções subordinativas adverbiais conformativas
conforme;
como;
consoante;
segundo.
Conjunções subordinativas adverbiais finais
a fim de que;
para que;
que.
Conjunções subordinativas adverbiais proporcionais
à proporção que;
à medida que;
ao passo que;
quanto mais… mais,…
Conjunções subordinativas adverbiais temporais
quando;
enquanto;
agora que;
logo que;
desde que;
assim que;
tanto que;
apenas.
Conjunções subordinativas adverbiais comparativas
como;
assim como;
tal;
qual;
tanto como.
Conjunções subordinativas adverbiais consecutivas
que;
tanto que;
tão que;
tal que;
tamanho que;
de forma que;
de modo que;
de sorte que;
de tal forma que.
Interjeição
Interjeições são palavras que exprimem emoções, sensações, estados de espírito. São invariáveis e seu significado fica dependente da forma como as mesmas são pronunciadas pelos interlocutores.
Interjeições de alegria
Oh!;
Ah!;
Oba!;
Viva!;
Opa!.
Interjeições de estímulo
Vamos!;
Força!;
Coragem!;
Ânimo!;
Adiante!.
Interjeições de aprovação
Apoiado!;
Boa!;
Bravo!.
Interjeições de desejo
Oh!;
Tomara!;
Oxalá!.
Interjeições de dor
Ai!;
Ui!;
Ah!;
Oh!.
Interjeições de surpresa
Nossa!;
Cruz!;
Caramba!;
Opa!;
Virgem!;
Vixe!.
Interjeições de impaciência
Diabo!;
Puxa!;
Pô!;
Raios!;
Ora!.
Interjeições de silêncio
Psiu!;
Silêncio!.
Interjeições de alívio
Uf!;
Ufa!;
Ah!.
Interjeições de medo
Credo!;
Cruzes!;
Uh!;
Ui!.
Interjeições de advertência
Cuidado!;
Atenção!;
Olha!;
Alerta!;
Sentido!.
Interjeições de concordância
Claro!;
Tá!;
Hã-hã!.
Interjeições de desaprovação
Credo!;
Francamente!;
Xi!;
Chega!;
Basta!;
Ora!.
Interjeições de incredulidade
Hum!;
Epa!;
Ora!;
Qual!.
Interjeições de socorro
Socorro!;
Aqui!;
Piedade!;
Ajuda!.
Interjeições de cumprimentos
Olá!;
Alô!;
Ei!;
Tchau!;
Adeus!.
Interjeições de afastamento
Rua!;
Xô!;
Fora!;
Passa!.
Atividade da 2ª Semana:
Classifique a classe gramatical das palavras sublinhadas e numeradas no texto abaixo, em seguida preencha o quadro.
O primeiro amor é vivido em fantasia
Como regra geral, nosso(1) primeiro(2) grande(3) amor é uma espécie de sonho. A pessoa que desperta em nós todo o(4) sentimento, toda a vontade de aconchegar e ser aconchegado, na maior parte das vezes nem sabe do nosso amor por ela. Não(5) temos coragem de contar, pois morremos de medo da rejeição. Não queremos também, contudo, a aceitação, pois isso nos levaria a um relacionamento real(6) para o qual não estamos preparados. Ou seja, não contar interessa nos dois(7) casos. Se algum amigo superíntimo fica sabendo e faz alguma brincadeira a respeito, ficamos com o rosto vermelho, negamos tudo e fingimos indignação. A outra(8) pessoa, a amada, fica sem saber se é gozação ou(9) se é verdade. Melhor assim. Tudo se passará apenas na cabeça da gente, longe dos riscos da vida real.
No sonho é claro que somos correspondidos. Beijamos e somos beijados. Beijos de(10) ternura. O sexo, na maioria dos casos, está em segundo plano. Passeamos(11), de mãos dadas, por jardins floridos. Sentamos na grama e nos olhamos com olhar de enlevo próprio do encantamento amoroso. Dizemos coisas bonitas para o outro, falamos das virtudes do outro. Não cansamos de elogiar a pessoa amada.
[...] Se pensarmos bem, o sonho(12) romântico é muito(13) criativo. Quase sempre é a mesma história. As variações são mais de cenário e(14) figurino: uns preferem a montanha, outros a praia. Uns preferem saias rodadas, outros as calças jeans. O amor é o prazer da companhia, os elogios que esse prazer costuma trazer para nossos lábios, e também a insegurança - o medo de perder a pessoa que nos traz toda a felicidade. Assim sendo, uma parte do discurso é de reasseguramento: “ Vou amar você(15) para(16) sempre. Vou dizer toda hora que amo você. Se me(17) largar eu morro” etc. Sempre(18) que vivemos o amor, fazemos como se estivéssemos vivendo uma história extraordinária(19). A verdade, no entanto, é que é uma “ história extraordinária” exatamente(20) igual a todas as outras histórias de amor! E isso não faz mal algum, porque é bom do mesmo jeito!
Flávio Gikovate. Namoro: relação de amor e sexo.
São Paulo: Moderna, 1993.
Verbo
Verbos são palavras que indicam, principalmente, uma ação. Podem indicar também uma ocorrência, um estado ou um fenômeno. Podem ser flexionados em número (singular e plural), pessoa (1.ª, 2.ª ou 3.ª pessoa do discurso), modo (indicativo, subjuntivo e imperativo), tempo (passado, presente e futuro), aspecto (incoativo, cursivo e conclusivo) e voz (ativa, passiva e reflexiva).
Verbos regulares
- cantar;
- amar;
- vender;
- prender;
- partir;
- abrir.
Verbos irregulares
- medir;
- fazer;
- ouvir;
- haver;
- poder;
- crer.
Verbos anômalos
- ser;
- ir.
Verbos principais
- comer;
- dançar;
- saltar;
- escorregar;
- sorrir;
- rir.
Verbos auxiliares
- ser;
- estar;
- ter;
- haver;
- ir.
Verbos de ligação
- ser;
- estar;
- parecer;
- ficar;
- tornar-se;
- continuar;
- andar;
- permanecer.
Verbos defectivos
- falir;
- banir;
- reaver;
- colorir;
- demolir;
- adequar.
Verbos impessoais
- haver;
- fazer;
- chover;
- nevar;
- ventar;
- anoitecer;
- escurecer.
Verbos unipessoais
- latir;
- miar;
- cacarejar;
- mugir;
- convir;
- custar;
- acontecer.
Verbos abundantes
- aceitado / aceito;
- ganhado / ganho;
- pagado / pago.
Verbos pronominais essenciais
- arrepender-se;
- suicidar-se;
- zangar-se;
- queixar-se;
- abster-se;
- dignar-se.
Verbos pronominais acidentais
- pentear / pentear-se;
- sentar / sentar-se;
- enganar / enganar-se
- debater / debater-se.
Advérbio
Advérbios são palavras que modificam um verbo, um adjetivo ou um advérbio, indicando uma circunstância (tempo, lugar, modo, intensidade,…). São invariáveis, não sendo flexionadas em gênero e número. Contudo, alguns advérbios podem ser flexio
nados em grau.
Advérbio de lugar
- aqui;
- ali;
- atrás;
- longe;
- perto;
- embaixo.
Advérbio de tempo
- hoje;
- amanhã;
- nunca;
- cedo;
- tarde;
- antes.
Advérbio de modo
- bem;
- mal;
- rapidamente;
- devagar;
- calmamente;
- pior.
Advérbio de afirmação
- sim;
- certamente;
- certo;
- decididamente.
Advérbio de negação
- não;
- nunca;
- jamais;
- nem;
- tampouco.
Advérbio de dúvida
- talvez;
- quiçá;
- possivelmente;
- provavelmente;
- porventura.
Advérbio de intensidade
- muito;
- pouco;
- tão;
- bastante;
- menos;
- quanto.
Advérbio de exclusão
- salvo;
- senão;
- somente;
- só;
- unicamente;
- apenas.
Advérbio de inclusão
- inclusivamente;
- também;
- mesmo;
- ainda.
Advérbio de ordem
- primeiramente;
- ultimamente;
- depois.
Preposição
Preposições são palavras que estabelecem conexões com vários sentidos entre dois termos da oração. Através de preposições, o segundo termo (termo consequente) explica o sentido do primeiro termo (termo antecedente). São invariáveis, não sendo flexionadas em gênero e número.
Preposições simples essenciais
- a;
- após;
- até;
- com;
- de;
- em;
- entre;
- para;
- sobre.
Preposições simples acidentais
- como;
- conforme;
- consoante;
- durante;
- exceto;
- fora;
- mediante;
- salvo;
- segundo;
- senão.
Preposições compostas ou locuções prepositivas
- acima de;
- a fim de;
- apesar de;
- através de;
- de acordo com;
- depois de;
- em vez de;
- graças a;
- perto de;
- por causa de.
Conjunção
Conjunções são palavras utilizadas como elementos de ligação entre duas orações ou entre termos de uma mesma oração, estabelecendo relações de coordenação ou de subordinação. São invariáveis, não sendo flexionadas em gênero e número.
Conjunções coordenativas aditivas
- e;
- nem;
- também;
- bem como;
- não só...mas também.
Conjunções coordenativas adversativas
- mas;
- porém;
- contudo;
- todavia;
- entretanto;
- no entanto;
- não obstante.
Conjunções coordenativas alternativas
- ou;
- ou...ou;
- já…já;
- ora...ora;
- quer...quer;
- seja...seja.
Conjunções coordenativas conclusivas
- logo;
- pois;
- portanto;
- assim;
- por isso;
- por consequência;
- por conseguinte.
Conjunções coordenativas explicativas
- que;
- porque;
- porquanto;
- pois;
- isto é.
Conjunções subordinativas integrantes
- que;
- se.
Conjunções subordinativas adverbiais causais
- porque;
- que;
- porquanto;
- visto que;
- uma vez que;
- já que;
- pois que;
- como.
Conjunções subordinativas adverbiais concessivas
- embora;
- conquanto;
- ainda que;
- mesmo que;
- se bem que;
- posto que.
Conjunções subordinativas adverbiais condicionais
- se;
- caso;
- desde;
- salvo se;
- desde que;
- exceto se;
- contando que.
Conjunções subordinativas adverbiais conformativas
- conforme;
- como;
- consoante;
- segundo.
Conjunções subordinativas adverbiais finais
- a fim de que;
- para que;
- que.
Conjunções subordinativas adverbiais proporcionais
- à proporção que;
- à medida que;
- ao passo que;
- quanto mais… mais,…
Conjunções subordinativas adverbiais temporais
- quando;
- enquanto;
- agora que;
- logo que;
- desde que;
- assim que;
- tanto que;
- apenas.
Conjunções subordinativas adverbiais comparativas
- como;
- assim como;
- tal;
- qual;
- tanto como.
Conjunções subordinativas adverbiais consecutivas
- que;
- tanto que;
- tão que;
- tal que;
- tamanho que;
- de forma que;
- de modo que;
- de sorte que;
- de tal forma que.
Interjeição
Interjeições são palavras que exprimem emoções, sensações, estados de espírito. São invariáveis e seu significado fica dependente da forma como as mesmas são pronunciadas pelos interlocutores.
Interjeições de alegria
- Oh!;
- Ah!;
- Oba!;
- Viva!;
- Opa!.
Interjeições de estímulo
- Vamos!;
- Força!;
- Coragem!;
- Ânimo!;
- Adiante!.
Interjeições de aprovação
- Apoiado!;
- Boa!;
- Bravo!.
Interjeições de desejo
- Oh!;
- Tomara!;
- Oxalá!.
Interjeições de dor
- Ai!;
- Ui!;
- Ah!;
- Oh!.
Interjeições de surpresa
- Nossa!;
- Cruz!;
- Caramba!;
- Opa!;
- Virgem!;
- Vixe!.
Interjeições de impaciência
- Diabo!;
- Puxa!;
- Pô!;
- Raios!;
- Ora!.
Interjeições de silêncio
- Psiu!;
- Silêncio!.
Interjeições de alívio
- Uf!;
- Ufa!;
- Ah!.
Interjeições de medo
- Credo!;
- Cruzes!;
- Uh!;
- Ui!.
Interjeições de advertência
- Cuidado!;
- Atenção!;
- Olha!;
- Alerta!;
- Sentido!.
Interjeições de concordância
- Claro!;
- Tá!;
- Hã-hã!.
Interjeições de desaprovação
- Credo!;
- Francamente!;
- Xi!;
- Chega!;
- Basta!;
- Ora!.
Interjeições de incredulidade
- Hum!;
- Epa!;
- Ora!;
- Qual!.
Interjeições de socorro
- Socorro!;
- Aqui!;
- Piedade!;
- Ajuda!.
Interjeições de cumprimentos
- Olá!;
- Alô!;
- Ei!;
- Tchau!;
- Adeus!.
Interjeições de afastamento
- Rua!;
- Xô!;
- Fora!;
- Passa!.
Atividade da 2ª Semana:
Classifique a classe gramatical das palavras sublinhadas e numeradas no texto abaixo, em seguida preencha o quadro.
O primeiro amor é vivido em fantasia
Como regra geral, nosso(1) primeiro(2) grande(3) amor é uma espécie de sonho. A pessoa que desperta em nós todo o(4) sentimento, toda a vontade de aconchegar e ser aconchegado, na maior parte das vezes nem sabe do nosso amor por ela. Não(5) temos coragem de contar, pois morremos de medo da rejeição. Não queremos também, contudo, a aceitação, pois isso nos levaria a um relacionamento real(6) para o qual não estamos preparados. Ou seja, não contar interessa nos dois(7) casos. Se algum amigo superíntimo fica sabendo e faz alguma brincadeira a respeito, ficamos com o rosto vermelho, negamos tudo e fingimos indignação. A outra(8) pessoa, a amada, fica sem saber se é gozação ou(9) se é verdade. Melhor assim. Tudo se passará apenas na cabeça da gente, longe dos riscos da vida real.
No sonho é claro que somos correspondidos. Beijamos e somos beijados. Beijos de(10) ternura. O sexo, na maioria dos casos, está em segundo plano. Passeamos(11), de mãos dadas, por jardins floridos. Sentamos na grama e nos olhamos com olhar de enlevo próprio do encantamento amoroso. Dizemos coisas bonitas para o outro, falamos das virtudes do outro. Não cansamos de elogiar a pessoa amada.
[...] Se pensarmos bem, o sonho(12) romântico é muito(13) criativo. Quase sempre é a mesma história. As variações são mais de cenário e(14) figurino: uns preferem a montanha, outros a praia. Uns preferem saias rodadas, outros as calças jeans. O amor é o prazer da companhia, os elogios que esse prazer costuma trazer para nossos lábios, e também a insegurança - o medo de perder a pessoa que nos traz toda a felicidade. Assim sendo, uma parte do discurso é de reasseguramento: “ Vou amar você(15) para(16) sempre. Vou dizer toda hora que amo você. Se me(17) largar eu morro” etc. Sempre(18) que vivemos o amor, fazemos como se estivéssemos vivendo uma história extraordinária(19). A verdade, no entanto, é que é uma “ história extraordinária” exatamente(20) igual a todas as outras histórias de amor! E isso não faz mal algum, porque é bom do mesmo jeito!
Flávio Gikovate. Namoro: relação de amor e sexo.
São Paulo: Moderna, 1993.
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
As regras de acentuação gráfica são fundamentais não apenas para a escrita correta das palavras, mas também para sua pronúncia.
As regras de acentuação gráfica foram criadas para, por meio da escrita, orientar a pronúncia correta das palavras quanto à sílaba tônica. Os acentos gráficos são dois: agudo (´) e circunflexo (^). As regras, já atualizadas pela Reforma Ortográfica, aplicam-se às oxítonas, paroxítonas, proparoxítonas, ditongos abertos, hiatos e acentos diferenciais
Regras gerais de acentuação gráfica
1. Monossílabos tônicos: são palavras formadas por uma única sílaba. São acentuados quando terminados em:
A (s): pá, lá, ás (baralho)
E (s): pé, fé, ré
O (s): pó, dó
2. Oxítonas: são as palavras cuja sílaba tônica é a última. Recebem acento quando terminadas em:
A (s): so-fá, Pa-rá, ma-ra-cu-jás, Pa-ra-ná.
E (s): vo-cê, ca-fé, be-bês.
O (s): a-vô, a-vós.
EM: al-guém, tam-bém, po-rém, nin-guém.
ENS: pa-ra-béns.
3. Paroxítonas: são as palavras cuja sílaba tônica é a penúltima. Recebem acento quando terminadas em:
L: ní-vel, rép-til, i-na-cre-di-tá-vel.
R: a-çú-car, re-vól-ver, ca-rá-ter.
N: hí-fen, ab-dô-men, pró-ton, nêu-tron, e-lé-tron.
X: clí-max, tó-rax.
I (s): lá-pis, tá-xi, vô-lei, pô-nei, jó-quei.
U (s): ô-nus, bô-nus.
UM/UNS: fó-rum, quó-ru
à (s): ór-fã.
ÃO (s): só-tão, ór-gão, ór-fão.
ONS: pró-tons, e-lé-trons, nêu-trons.
PS: bí-ceps, trí-ceps, qua-drí-ceps, fór-ceps.
DITONGOS CRESCENTES: his-tó-ria, sé-rie, á-gua, é-gua, Má-rio, ró-seo.
Observação: Antes da Nova Ortografia, havia duas outras regras para acentuação de paroxítonas: quando elas possuíam EE e OO. Eram os casos de VOO, ENJOO, CREEM, LEEM e VEEM. Essas palavras possuíam acento circunflexo. Hoje, são grafadas sem acento.
4. Proparoxítonas: são as palavras cuja sílaba tônica é a antepenúltima. Todas são acentuadas. Exemplos: mé-di-co, ár-vo-re, mai-ús-cu-lo, ô-ni-bus, Pi-tá-go-ras.
Regras especiais de acentuação
5. Ditongos abertos: os ditongos abertos ÉU, ÉI e ÓI são acentuados para que não se confundam suas pronúncias com suas respectivas formas fechadas EU, EI e OI.
Veja:
Formas abertas: céu, réu, cha-péu, a-néis, fí-éis, pas-téis, dói, he-rói, des-trói.
Formas fechadas: seu, meu, co-meu, a-vei-a, ba-lei-a, fa-lei, boi, oi-to.
Observação: Com a Nova Ortografia, os ditongos abertos EI e OI perderam acento em palavras paroxítonas. Exemplos: i-dei-a, as-sem-blei-a, eu-ro-pei-a, ge-lei-a, ji-boi-a, joi-a, he-roi-co. Essas palavras tinham acento agudo (idéia, assembléia, européia, geléia, jibóia, jóia e heróico), mas o perderam em razão da Reforma Ortográfica.
6. Hiato: acentuam-se os hiatos com I ou U sozinhos na sílaba ou seguidos de S.
Veja:
Pa-ís, sa-ú-de, ba-ú, mi-ú-do, a-ça-í, Lu-ís, ra-í-zes,
Observações:
- Hiatos seguidos de NH não são acentuados. Veja:
Mo-i-nho, ra-i-nha.
- Com a Nova Ortografia, não se acentuam hiatos precedidos de ditongo em palavras paroxítonas. Veja:
fei-u-ra, boi-u-no, Bo-cai-u-va.
7. Acento diferencial: recebem acento diferencial algumas palavras homônimas perfeitas que, em determinados contextos, podem geram duplicidade de sentido ou confusão na interpretação.
Veja:
Pôr (verbo) – Por (preposição)
(eles) Têm (plural) – (ele) Tem (singular)
(eles) Vêm (plural) – (ele) Tem (singular)
(o/um) Porquê (substantivo) – Porque (conjunção)
(eles) Contêm (plural) – (ele) Contém (singular)
(eles) Provêm (plural) – (ele) Provém (singular)
Observações
→ As palavras para (verbo), pelo (substantivo) e polo (substantivo) tinham acento diferencial antes da Reforma Ortográfica (pára, pêlo e pólo). Esses acentos foram extintos.
→ O acento diferencial em fôrma (fechado) para diferenciar de forma (aberto) é facultativo.
→ A forma verbal pôde (passado) possui acento diferencial para distingui-la de pode (presente) mesmo não sendo palavras homônimas perfeitas.
Atividade da 3ª Semana:
Justifique a acentuação das seguintes palavras, conforme exemplo:
Crânio: paroxítona terminada em ditongo
Coronavírus:
Família:
Síndrome;
Zoonóticos:
Porém:
Insuficiência:
Até:
Próximo:
Respiratórias:
Vírus:
Saúde:
Também:
Álcool:
Só:
Máscara:
Necessário:
Atividade da 4ª Semana:
Produção Textual:
Escreva um pequeno texto relatando como foram essas quatro semanas em confinamento social. O que está te causando maior preocupação em relação à pandemia do coronavírus? Por quê?
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
As regras de acentuação gráfica são fundamentais não apenas para a escrita correta das palavras, mas também para sua pronúncia.
As regras de acentuação gráfica foram criadas para, por meio da escrita, orientar a pronúncia correta das palavras quanto à sílaba tônica. Os acentos gráficos são dois: agudo (´) e circunflexo (^). As regras, já atualizadas pela Reforma Ortográfica, aplicam-se às oxítonas, paroxítonas, proparoxítonas, ditongos abertos, hiatos e acentos diferenciais.
Regras gerais de acentuação gráfica
1. Monossílabos tônicos: são palavras formadas por uma única sílaba. São acentuados quando terminados em:
A (s): pá, lá, ás (baralho)
E (s): pé, fé, ré
2. Oxítonas: são as palavras cuja sílaba tônica é a última. Recebem acento quando terminadas em:
A (s): so-fá, Pa-rá, ma-ra-cu-jás, Pa-ra-ná.
E (s): vo-cê, ca-fé, be-bês.
5. Ditongos abertos: os ditongos abertos ÉU, ÉI e ÓI são acentuados para que não se confundam suas pronúncias com suas respectivas formas fechadas EU, EI e OI.
Veja:
Formas abertas: céu, réu, cha-péu, a-néis, fí-éis, pas-téis, dói, he-rói, des-trói.
Formas fechadas: seu, meu, co-meu, a-vei-a, ba-lei-a, fa-lei, boi, oi-to.
Observação: Com a Nova Ortografia, os ditongos abertos EI e OI perderam acento em palavras paroxítonas. Exemplos: i-dei-a, as-sem-blei-a, eu-ro-pei-a, ge-lei-a, ji-boi-a, joi-a, he-roi-co. Essas palavras tinham acento agudo (idéia, assembléia, européia, geléia, jibóia, jóia e heróico), mas o perderam em razão da Reforma Ortográfica.
6. Hiato: acentuam-se os hiatos com I ou U sozinhos na sílaba ou seguidos de S.
Veja:
Pa-ís, sa-ú-de, ba-ú, mi-ú-do, a-ça-í, Lu-ís, ra-í-zes, ju-í-zo.
- Hiatos seguidos de NH não são acentuados. Veja:
Mo-i-nho, ra-i-nha.
- Com a Nova Ortografia, não se acentuam hiatos precedidos de ditongo em palavras paroxítonas. Veja:
fei-u-ra, boi-u-no, Bo-cai-u-va.
7. Acento diferencial: recebem acento diferencial algumas palavras homônimas perfeitas que, em determinados contextos, podem geram duplicidade de sentido ou confusão na interpretação.
Veja:
Pôr (verbo) – Por (preposição)
(eles) Têm (plural) – (ele) Tem (singular)
Produção Textual:
Escreva um pequeno texto relatando como foram essas quatro semanas em confinamento social. O que está te causando maior preocupação em relação à pandemia do coronavírus? Por quê?
_______________________________________________
EEEM Maria Teresa Vilanova Castilhos – Polivalente
Atividades do mês de junho
Língua Portuguesa -EJA
Turma: T7
Professora: Marliesi
1ª Semana: Funções da Linguagem (Produção textual);
2ª Semana: Produção textual.
Coronavírus: família usa cartazes para afastar visitas em Lagoa Formosa
Filha tenta proteger seus pais e três crianças que moram em um sítio no distrito de Água Limpa, na Região do Alto Paranaíba.
LR Luiz Ribeiro
postado em 28/04/2020 18:10 / atualizado em 28/04/2020 20:06
O uso de um cartaz para afastar visitantes e impedir o risco de contágio do coronavírus (COVID-19) para pessoas do grupo de risco da doença. Esta foi uma estratégia adotada por uma família na zona rural de Lagoa Formosa, no Alto Paranaíba, visando à proteção de um casal de idosos e dos seus netos.
“Não estamos recebendo visitas. Idosos e crianças em isolamento”. Este foi o aviso colocado na cerca de um sítio na localidade de Água Limpa, distante 22 quilômetros da área urbana de Lagoa Formosa – de 18 mil habitantes.
Uma das proprietárias do terreno, a agente de saúde Marta Braga Amaral explica que decidiu usar o cartaz para proteger seus pais, os aposentados Joao Batista de Santana, de 87; e Maria Santana Magalhaes, de 83. Marta disse que a intenção também foi preservar a saúde de três crianças da família.
Em março, logo depois dos registros dos primeiros casos da COVID-19 no Brasil, o casal de idosos saiu de Uberlândia, no Triângulo, onde mora, e foi para a casa da filha Marta, na zona rural de Lagoa Formosa, em busca de maior garantia de isolamento. No entanto, como Joao Batista e Maria Santana são de família conhecida da região, moradores despertaram interesse em visitá-los.
Marta relata que que então teve a ideia de afastar os visitantes de uma maneira educada, recorrendo ao aviso sobre o isolamento social. “Como as redes sociais contam tudo hoje, as pessoas começaram a questionar sobre fazer visitas aos hóspedes. Foi aí que decidi confeccionar uma placa pra colocar na entrada do sítio”, explica a agente de saúde, lembrando que o alerta foi endereçado também a vendedores ambulantes.
A moradora de Lagoa Formosa conta que a estratégia deu certo. Ela disse que seus pais permaneceram na propriedade rural durante 37 dias e, nesse período, receberam visitas de apenas três pessoas da redondeza, que não tiveram contato recente com moradores de outras regiões. Marta Santana revelou que seus pais retornaram a Uberlândia nesta semana.
A “ferramenta” do aviso para evitar visitantes e amenizar os ricos de contágio da COVID-19 está sendo adotada também na residência do casal de idosos na cidade-polo do Triângulo. Na entrada da moradia, junto ao interfone, foi afixado um cartaz: “Não estamos recebendo visitas”. A informação foi divulgada ainda em um grupo de whatsApp da família.
A agente de saúde afirma que espera que as pessoas continuem seguindo o aviso da entrada da residência dos seus pais, a fim de que eles não recebam visitas durante o isolamento social contra o coronavírus. Marta ressalta ainda que há ciência geral da pandemia e dos riscos para os idosos.
Marta Santana conta que perdeu um cunhado em Lagoa Formosa, cuja morte entrou para as consideradas suspeitas de COVID-19. No entanto, no boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde ainda não consta nenhuma confirmação de óbito ou do registro de caso de paciente com coronavírus nessa cidade do Alto Paranaíba.
Atividade 1:
Copia do texto acima:
9 palavras paroxítonas terminadas em ditongo:
3 palavras proparoxítonas:
1 palavra monossílaba tônica terminada em “es”:
1 palavra oxítona terminada em “a”:
1 palavra paroxítona terminada em “us”:
1 palavra oxítona terminada em “em”:
Texto dissertativo-argumentativo
O texto dissertativo-argumentativo tem como objetivo persuadir e convencer, ou seja, levar o leitor a concordar com a tese defendida. É expressa uma opinião crítica acerca de um assunto, sendo defendida uma tese sobre esse assunto através de uma argumentação clara e objetiva, fundamentada em fatos verídicos e dados concretos.
Estrutura do texto dissertativo-argumentativo
A apresentação e defesa da tese desenvolvem-se através da estrutura textual típica de introdução, desenvolvimento e conclusão.
Introdução
Na introdução ocorre a apresentação de um assunto e de uma tese que será defendida sobre esse assunto. Assim, após a identificação de um problema num determinado assunto, é apresentada a tese de forma clara e objetiva, sendo essencial que esta esteja bem definida e delimitada. A reflexão crítica sobre a tese e sua argumentação serão feitas no desenvolvimento do texto.
Desenvolvimento
No desenvolvimento ocorre a apresentação e a exploração dos diversos argumentos que suportam a tese. Podem ser apresentados através do reconhecimento das causas e consequências do problema, da identificação de seus aspectos positivos e negativos ou da contra-argumentação de uma tese contrária. Pode haver um foco no argumento justificando a tese ou um foco na tese que ocorre por um determinado argumento. O que importa é que se utilize uma linguagem coerente, objetiva e precisa.
A apresentação dos argumentos deve seguir uma sequência lógica. Pode haver um argumento principal e argumentos auxiliares ou vários argumentos fortes. O mais importante é que estes sejam objetivos e detalhados e que haja conexão entre eles.
Os diversos argumentos deverão ser sustentados com exemplos e provas que os validem, tornando-os indiscutíveis, como:
fatos comprovados;
conhecimentos consensuais;
dados estatísticos;
pesquisas e estudos;
citações de autores renomados;
depoimentos de personalidades renomadas;
alusões históricas;
fatores sociais, culturais e econômicos.
Estas estratégias argumentativas validam os argumentos, dotando-os de autoridade, consenso, lógica, competência e veridicidade. Assim, os leitores não só refletem sobre estes, como ficam obrigados a concordar com os argumentos, sem hipótese de os rebater.
Além disso, diversos recursos de linguagem podem ser usados para captar a atenção do leitor e convencê-lo da correção da tese, como a utilização de uma linguagem formal, de perguntas retóricas, de repetições, de ironia, de exclamações,…
Conclusão
Na conclusão há a retoma e reafirmação da tese inicial, já defendida pelos diversos argumentos apresentados no desenvolvimento. Pode ocorrer a apresentação de soluções viáveis ou de propostas de intervenção. A conclusão aparece como um desfecho natural e inevitável visto o pensamento do leitor já ter sido direcionado para a mesma durante a apresentação dos argumentos.
Exemplo de texto dissertativo-argumentativo:
“Não é de hoje que a sociedade brasileira sofre com os tormentos ocasionados pela disseminação da violência. Esse fato estarrecedor gera debates e mais debates, na tentativa de sanar, ou ao menos coibir, os sérios impactos sociais que as ações violentas representam para a coletividade. Para esse fim, seria a redução da maioridade penal um componente de primeira grandeza?
Constata-se que o envolvimento de jovens infratores em graves delitos pode não ser uma exclusividade dos tempos modernos; no entanto, é inegável o aumento de casos envolvendo crianças e adolescentes em situações deploráveis, como furtos, roubos e, em muitos contextos, homicídios.
Com esse cenário, parece irrefutável a tese que defende o declínio de dois anos nas contas da maioridade penal. Para os mais inconformados com a realidade, aqueles tomados pelo afã do “justiceiro implacável”, não parecem existir outras saídas. Todavia, nem sempre o que se revela aparentemente óbvio o é. Há fatores envolvidos nas estatísticas da criminalidade covardemente camuflados por alguns setores governamentais, bem como por áreas específicas da sociedade civil.
Se reduzir a idade mínima penal tivesse consequências positivas imediatas para a diminuição dos índices criminais, essa certamente já seria uma medida adotada por todas as nações. Fatores bem mais importantes como priorização efetiva dos investimentos em educação e cultura, bem como distribuição de emprego e renda, inserindo o jovem no universo acadêmico ou técnico, indubitavelmente aplacariam com mais rapidez e eficácia os deploráveis números.
A participação de menores infratores em crimes hediondos não deve ser ignorada, é inegável; diminuir a idade base para a criminalização de seus atos pode ser uma saída, mas necessita, ainda, de discussões e argumentos mais convincentes. De concreto, fica a certeza de que só um programa capaz de incluir crianças, adolescentes e jovens nos interesses mais prioritários do país terá a força suficiente para contornar quadro tão desfavorável.” (Prof. Eduardo Sampaio)
Flávia Neves
Professora de português, revisora e lexicógrafa nascida no Rio de Janeiro e licenciada pela Escola Superior de Educação do Porto, em Portugal (2005). Atua nas áreas da Didática e da Pedagogia.
Atividade 2:
Considerando o texto: “Coronavírus: família usa cartazes para afastar visitas em Lagoa Formosa”
Podemos afirmar ser positiva a atitude da moradora de Lagoa Formosa? Escreva um texto dissertativo com o seguinte assunto: a importância do isolamento social durante a pandemia do coronavirus (COVID-19).
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