ESCOLA POLIVALENTE
Atividades a distância - 06 de abril até 30 de abril - Corona Vírus - Prof. Ronei
Turma 24 e Totalidade 8 - HISTÓRIA- Realizar individualmente e manuscrita no caderno.
1. Assistir o Filme “LUTERO” e elaborar um texto (mínimo 20 linhas) sobre a importância de Martinho Lutero nas mudanças religiosas do século XVI.
FILME LINK - https://www.youtube.com/watch?v=PlP-Xt4LLNg
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2- Pesquise sobre o Povos da América –
A) como vivam povos indígenas Tupis?
B) como vivem os povos tupis Guaranis no Brasil atual.
C) Identifique onde viveram (países ou regiões atuais) os antigos povos Maias, Incas e Astecas.
3- Expansão Marítima – Pesquise e responda
A) Explique as três principais condições técnicas que favoreceram as navegações europeias nos séculos XIV e XV.
B) Identifique os destinos das seguintes expedições marítimas: Cristóvão Colombo (1492); Vasco da Gama (1498); Bartolomeu Dias (1432); Pedro Álvares Cabral (1500).
4- Com relação a Conquista da América pelos europeus responda:
A) Por que são usados os termos “Conquista ou Descobrimento” para definir o resultado das navegações na América?
B) Identifique três fatores de domínio e violência dos europeus sobre os povos indígenas?
C) Como foi a participação da Igreja na Colonização da América?
Sugestões de livro para questões 2,3 e 4: História Global, Gilberto Cotrim vol 1- páginas 224 até 257, conforme segue o link - https://api.plurall.net/media_viewer/documents/1592662
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EEEM Maria Teresa Vilanova Castilhos – Polivalente
Atividades do mês de junho
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EEEM Maria Teresa Vilanova Castilhos – Polivalente
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ESCOLA POLIVALENTE – Osório RS
Atividades a distância - 01 a 15 de junho 2020 - Corona Vírus - Prof. Ronei
Turma 24 e Totalidade 8 - HISTÓRIA- Realizar individualmente e manuscrita no caderno.
= ATIVIDADE: Ler o seguinte artigo abaixo e fazer uma análise crítica, com argumentação e coerência e apontando concordâncias e discordâncias do mesmo (mínimo 15 linhas).
“Deus é Negro.
Trago no sangue uma África. O reboar de tambores, a ponta afiada de lanças, os riscos coloridos realçando a pele e, na boca, o gosto atávico dos frutos do Jardim do Éden. Na alma, as cicatrizes abertas de tantos açoites, o grito imperial dos caçadores de gente, os filhos apartados de seus pais e os maridos de suas mulheres, o balanço agônico da travessia do Atlântico e, nos porões, a morte ceifando corpos engolidos pelo mar e triturados pelos dentes afiados dos peixes.
Sou filho de Ogum e Oxalá, devoto de Iemanjá, a quem elevo as oferendas de todas as dores e cores, lágrimas e sabores, o choro inconsolável das senzalas, a carne lanhada de cordas, os pulsos e os tornozelos a ferros, a solidão da raça, o ventre rasgado e engravidado pela feroz pulsão dos senhores da Casa Grande.
Restam-me, na cuia de madeira, as sobras do suíno descarnado e, enquanto a mesa colonial saboreia o lombo, rasgo peles e orelhas, refogo em banha o feijão, fatio em paio as carnes, frito linguiças e torresmos, apimento e condimento, e me empanturro. No alambique, colho a seiva ardente da cana, e me transporto aos ancestrais, às savanas e florestas, ao tempo de imensurável liberdade.
Nas noites de Casa Grande, com capatazes bêbados, enfeito o meu corpo de tinturas e, espelhado no reflexo da Lua, adorno braços e pernas, cubro-me de colares e braçadeiras e, ao som inebriante do batuque, danço, danço, danço, exorcizando tristezas, exconjurando maus espíritos, imprimindo ao movimento de todos os meus membros o impulso irrefreável do voo do espírito.
Sou escravo e, no entanto, senhor de mim mesmo, pois não há ferrolho que me tranque a consciência nem moralismo que me faça encarar o corpo com os olhos da vergonha. Faço do sexo festa, do carinho, liturgia, do amor, bonança, multiplicando a raça na esperança de quem fertiliza sementes. Dou ao senhor novos braços que haverão de derrubá-lo de seu trono.
Comungo a exuberância da natureza, as copas das árvores são meus templos, do fogão de lenha trago as ofertas, em meu ser trafegam, céleres, cavalos alados, e sigo o mapa traçado pelos búzios, que me ensinam que não há dor que sempre dura e o verdadeiro amor perdura. Tão povoado é o céu de minhas crenças que não rejeito nem mesmo a santeria do clero. Antes, reverencio o cavalo de São Jorge, transfiro aos altares a devoção aos meus orixás, lanço ao rio a Virgem negra na fé de que, entre tantas brancas, trazidas no andor do senhor de escravos, chegará o tempo em que a minha será Aparecida e, a seus pés, também os joelhos dos brancos haverão de se dobrar.
Sou liberto e, no fundo das matas, recrio um espaço de liberdade, defendendo com espírito guerreiro o meu reduto de paz. No quilombo, volto à África, resgato a força mistérica do meu idioma, celebro reisados e congadas, o canto livre ecoando no coro da passarada, as águas da cachoeira expurgando-me de todo temor, as árvores em sentinela cobertas de mil olhos vigilantes.
Cidadão brasileiro, ainda luto por alforria, empenhado em abolir preconceitos e discriminações, grilhões forjados na inconsciência e inconsistência dos que insistem em fazer da diferença divergência e ignoram que Deus é também negro”.
28/05/2020
*Frei Betto é frade dominicano, jornalista e escritor, autor de "Batismo de Sangue" (Rocco), entre mais de 68 livros. Ele acumula décadas de trabalho social, procurando genuinamente contribuir para melhorar a vida do próximo.
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