GEOGRAFIA- ESCOLA POLIVALENTE
1º ANOS - Turma 15 - AULAS DOS DIAS 08/04/2020 e 15/04/2020
A Estrutura Interna da Terra
A estrutura interna da Terra diz respeito a composição estratificada do planeta em suas áreas interiores, essas classificadas didaticamente conforme a sua composição físico-química e os elementos que lhes são predominantes. Conhecer essa estrutura é conhecer a série processos que condicionam as formas do planeta e também influenciam a sua dinâmica de transformação.
Nesse sentido, a estrutura interna do nosso planeta é classificada a partir de três principais camadas da Terra, a saber: o núcleo, o manto e a crosta terrestre, que se separam entre si por aquilo que chamados de descontinuidades, a de Mohorovicic e a de Gutenberg. Observe o esquema a seguir:
CROSTA TERRESTRE
A crosta terrestre é a menor e mais externa dentre as camadas estruturais da Terra. Ela é composta totalmente por rochas na forma sólida e, em termos minerais, por silício, magnésio e alumínio. Sua espessura média é de 25 km, variando desde os 6 km em algumas áreas oceânicas até os 70 km em áreas continentais.
Por definição, costuma-se subdividir a crosta terrestre a partir de dois critérios: a composição e a estrutura. No primeiro, ela é classificada em camada SIMA, que também é chamada de crosta inferior e é composta por silício e magnésio; e em camada SIAL, que também é chamada de crosta superior e é composta por silício e alumínio. No segundo, ela é classificada em crosta oceânica, onde sua espessura é menor, e em crosta continental, onde sua espessura é maior.
A peculiaridade principal da crosta terrestre é o fato de ela encontrar-se fraturada em diversos “pedaços”, o que chamados de placas tectônicas.
A movimentação dessas placas é o principal dentre os agentes endógenos de formação do relevo, sendo responsável pela formação da maioria das áreas montanhosas da terra, pela existência do vulcanismo e pela manifestação dos terremotos e tsunamis.
A crosta terrestre está em constante transformação. Ela sofre ações oriundas do interior do planeta, denominadas de agentes endógenos ou internos, e ações oriundas de elementos localizados acima da superfície, chamadas de agentes exógenos ou externos.
Entre os agentes endógenos, podemos destacar o tectonismo e o vulcanismo. Em linhas gerais, a crosta terrestre não é composta por uma única porção de terras que envolve todo o planeta. Ela é, na verdade, formada por inúmeras partes, chamadas de placas tectônicas, que estão sempre em movimento graças à pressão exercida pelo magma localizado abaixo da crosta. Dependendo da forma com que essas placas se movimentam e se interagem, ocorrem significativas mudanças no relevo do planeta.
Entre os agentes exógenos, podemos destacar a ação dos ventos, das águas e do clima, que alteram profundamente as composições químicas e físicas das rochas, atuando na modelagem do relevo, ocasionando processos de erosão, sedimentação e muitos outros.
Por fim, é importante lembrar que a crosta terrestre não possui uma dinâmica independente. Sua estruturação e transformações estão diretamente ligadas às demais camadas que compõem a Terra, que são o manto e o núcleo.
MANTO TERRESTRE
O manto terrestre é a maior dentre as camadas da terra e se posiciona entre as duas continuidades terrestres existentes. Sua profundidade vai desde os 30 km até 2900 km, com temperaturas que, nos pontos mais profundos, chegam a alcançar os 2000ºC.
Desse modo, as rochas não ficam no estado sólido, de modo que adquirem uma consistência mais pastosa nas porções superiores e mais líquida e fluida nas porções inferiores, conforme a variação de temperatura, o que chamamos de magma. Por isso, costuma-se dividir o manto em superior e inferior.
A principais característica do manto terrestre, é o fato de, graças à variação de temperatura em sua extensão, o magma apresentar um movimento circular, haja vista que o material magmático localizado nas porções superiores desce para o interior por ser mais frio e, ao se aquecer, sobe novamente em um processo cíclico. Essa dinâmica interna é a principal causa para a movimentação das placas tectônicas na crosta terrestre.
NÚCLEO
Devido à forte pressão exercida pelas camadas superiores, o núcleo terrestre apresenta as mais altas temperaturas, sendo o responsável direto pelo aquecimento interno do planeta. Seu calor varia entre 3000ºC até os 5000ºC, segundo algumas estimativas, valores semelhantes ao que é encontrado na superfície do sol.
Assim como o manto e a crosta, o núcleo terrestre também é subdivido em interno e externo. O núcleo externo possui uma composição totalmente líquida, em um aspecto muito mais fluido que o do manto.
Já o núcleo interno apresenta uma composição sólida, devido a pressa extrema que se exerce sobre ele, formando uma liga maciça de níquel, ferro e outro elemento ainda não diagnosticado. Essa estrutura do núcleo interno interfere e condiciona diretamente o campo magnético da Terra.
UMA OUTRA CLASSIFICAÇÃO DA ESTRUTURA INTERNA DA TERRA
Além da classificação em crosta, manto e núcleo, existe uma outra forma de se subdividir didaticamente as camadas internas do nosso planeta, levando em consideração o comportamento mecânico dos materiais. Assim, temos, em ordem de profundidade, a litosfera, a ASTENOSFERA, a mesosfera e a ENDOSFERA.A litosfera é a camada externa e estruturalmente sólida, envolvendo basicamente a crosta terrestre, a descontinuidade de Mohorovicic e a porção superior do manto, com uma profundidade de até 100 km.
A ASTENOSFERA encontra-se logo abaixo e também possui uma espessura muito pequena, estendendo-se até os 670 km e apresentando uma consistência mais pastosa.
A MESOSFERA, por sua vez, é maior e abrange a zona de movimentação magmática, envolvendo a maior parte do manto terrestre e alcançado os 2900 km de profundidade.
Por fim, a ENDOSFERA abrange o núcleo interno e externo, com as maiores temperaturas e a profundidade total do planeta, de modo a se estender até os 6378 km correspondentes ao raio total da Terra.
Mais importante do compreender essas divisões do nosso planeta, é entender que elas não encontram-se isoladas umas das outras, de forma que há uma constante troca de material e, principalmente, de energia. Desse modo, podemos considerar a Terra não como um elemento estático, mas sim como um corpo extremamente dinâmico e que apresenta variações conforme a evolução das eras geológicas.
QUESTÃO 1
A Terra é como uma cebola: é dividida em várias camadas. Entre essas diferentes formas que compõem a estrutura interna do nosso planeta, qual(is) dela(s) pode(m) ser considerada(s) sólida(s).
a) somente a crosta terrestre b) somente o manto c) somente o núcleo
d) a crosta e o núcleo interno e) o manto externo e a crosta
QUESTÃO 2
As placas tectônicas, assim como toda a crosta terrestre, flutuam sobre o substrato magmático da Terra em um comportamento semelhante ao de blocos de gelo boiando sobre a água, com as estruturas mais espessas e pesadas mais profundamente mergulhadas e as mais leves e finas flutuando mais superficialmente. Essa configuração representa o princípio:
a) do tectonismo b) da isostasia c) da assimetria d) da derivação continental e) do magmatismo
QUESTÃO 3
1 – (UFPE-adaptada) – O estudo das ondas sísmicas e dos campos magnéticos permitiu o descobrimento e a caracterização de três importantes camadas internas da Terra: a Litosfera, o Manto e o Núcleo. Com relação a esse tema, estão corretas as afirmações abaixo:
I. ( ) O Manto envolve o núcleo terrestre, ocupa a maior parte do volume do planeta e se comporta como um fluido que se move lentamente.
II. ( ) A Crosta Oceânica, uma porção da Litosfera, é composta fundamentalmente por rochas graníticas e não apresenta, em suas camadas inferiores, rochas basálticas.
III. ( ) Sob a Litosfera existe uma camada de rocha menos rígida, conhecida como Astenosfera; trata-se de uma zona de baixa velocidade sobre a qual “flutuam” as placas litosféricas.
IV. ( ) O Núcleo é formado basicamente por níquel e alumínio; essa camada, que produz o campo magnético do planeta, apresenta elevadas temperaturas.
V. ( ) A Litosfera acha-se dividida em blocos mais ou menos rígidos designados como “placas”; essas placas são deslocadas por correntes de convecção que se formam no Manto
a) V, F, V, F, V b) V, V, F, F, V c) F, F, V, V, V d) V, F, V, F, F e) F, V, F, F, V
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1º ANOS - Turma 15 - AULAS DOS DIAS 22/04/2020 e 29/04/2020
Formas de relevo
A Geomorfologia é área da Geografia que estuda as formas e dinâmicas da superfície da Terra. Certamente, você já observou durante suas viagens e passeios que as paisagens das serras e do litoral são bastante diferentes entre si. Uma dessas distinções é marcada pelos tipos de relevo.
O relevo é a expressão e a modelagem da superfície terrestre, um resultado de uma infinidade de acontecimentos que marcaram a história geológica da Terra, que se encontra em constante dinamismo e transformação. Assim, ele expressa a sua história pelos seus desníveis, suas diferenças de altitudes, suas fisionomias e todos os elementos que compõem e dão forma às paisagens. Para melhor compreendermos a estrutura da superfície, foi elaborada uma classificação responsável pela divisão do modelado terrestre em quatro diferentes formas de relevo, a saber: montanhas, planaltos, planícies e depressões. Essas tipificações são importantes não apenas para o entendimento do meio natural, mas da sua influência sobre as atividades humanas.
Montanhas
As montanhas são um tipo de relevo caracterizado pelas suas acentuadas elevações, ou seja, é a parte da superfície que apresenta as maiores altitudes e as mais intensas declividades. Quando elas apresentam-se em um conjunto extenso, recebem o nome de cadeias montanhosas, que também podem ser chamadas de cordilheiras.
Machu Picchu (Peru). Paisagem localizada nas montanhas da Cordilheira dos Andes
Existem diferentes processos responsáveis pela formação das montanhas. Por isso, há quatro tipos diferentes, classificados conforme a sua gênese: as vulcânicas, formadas pela ação e composição dos vulcões; as dobradas, que são as mais comuns, sendo formadas pela constituição dos dobramentos terrestres resultantes do tectonismo; as erodidas, formadas a partir da erosão de suas áreas de entorno durante um lento processo de desgaste da superfície; e as falhadas, aquelas que surgem a partir dos falhamentos dos blocos rochosos.
As montanhas dobradas são mais recorrentes porque são as mais jovens, com formação provável durante o período terciário da Era Cenozoica e, portanto, com menos tempo para desgastarem-se e deixarem de ser montanhas. As formações mais famosas são desse tipo, como a Cordilheira do Himalaia, na Ásia; os Andes, na América do Sul; os Alpes, na Europa; e as Rochosas, na América do Norte. As montanhas podem ser classificadas em 4 tipos, dependendo da forma como são originadas:
1) Dobradas: são as montanhas que surgiram a partir dos dobramentos terrestres provocados pelo tectonismo. De todos, esse é o tipo mais comum.
2) Vulcânicas: são as que se originam dos vulcões.
3) Falhadas: são as que surgem a partir de falhamentos na crosta terrestre.
4) De erosão: são as que surgem como consequencia da erosão do relevo ao seu redor e podem levar milhões de anos para se formarem.
Planaltos
Os planaltos são áreas com uma relativa altitude e uma superfície mais ou menos plana, com limites bem nítidos, estes geralmente constituídos por escarpas ou serras. Apesar de serem entendidos como áreas planas, suas superfícies são mais acidentadas do que as das planícies, com um maior número de serras e ondulações em suas paisagens, além de ser o tipo de relevo onde encontramos as chapadas.
Chapada Diamantina (BA), um clássico exemplo da constituição dos planaltos
Os planaltos, por serem geralmente mais altos dos que as planícies, apresentam o predomínio de processos erosivos. Isso quer dizer que o desgaste do solo é maior do que o acúmulo de sedimentos, que costuma deslocar-se para áreas mais baixas. Quase sempre os planaltos estão cercados por depressões relativas, tal como costuma ocorrer no território brasileiro.
Existem três tipos de planaltos: aqueles formados por rochas de origem vulcânica, os basálticos; aqueles constituídos por rochas metamórficas e magmáticas intrusivas, os cristalinos; e aqueles formados por rochas do tipo sedimentar, os sedimentares.
Planícies
São áreas com uma fisionomia plana, ou seja, com uma paisagem menos acidentada, que, por possuírem altitudes menores do que os dois tipos anteriormente apresentados, recebem uma grande quantidade de sedimentos. Estes são provenientes do desgaste de outras formas de relevo.
Em áreas de planície, os rios costumam apresentar mais “curvas”, chamadas de meandros
As planícies são, em geral, o tipo de relevo mais propício para a ocupação humana. No entanto, em regiões próximas a grandes cursos d'água, existem os riscos de enchentes, haja vista que os rios, em períodos de cheia, podem expandir-se muito rapidamente sobre vastas áreas, pois não há uma declividade muito acentuada no relevo capaz de deslocar rapidamente as águas para outras áreas. Essa ocorrência é chamada de planícies de inundação.
Em geral, as planícies costumam ser litorâneas, embora nem toda área de litoral constitua uma planície, e fluviais, próximas a leitos de rios. Uma planície fluvial muito conhecida no Brasil e no mundo é a do Rio Amazonas, que, por ser quase que totalmente plana, possui um baixo potencial hidroelétrico, uma vez que a declividade e a velocidade da água são baixas.
Depressões
São regiões que apresentam, quase sempre, pequenas altitudes e que são mais baixas do que o nível do mar ou a região em seu entorno. Possuem, geralmente, uma superfície plana ou côncava, uma vez que passaram por um longo período de erosão e que agora se caracterizam pela predominância do acúmulo de sedimentos provenientes das regiões circundantes.
Imagem de satélite do Mar Cáspio, depressão absoluta com 92 metros abaixo do nível do mar
Existem dois tipos de depressões: as absolutas, que são aquelas que se encontram abaixo do nível do mar, a exemplo da região do Mar Morto, a maior depressão absoluta do mundo; e as relativas, aquelas que são mais baixas do que o relevo ao seu redor.
A formação das depressões costuma acontecer de duas formas: a primeira é pelo seu desgaste ou erosão ao longo de milhares de anos, o que é causado pela sua composição menos resistente do que a de outras áreas, e a segunda é pelos movimentos epirogenéticos da Terra, quando uma região lentamente “afunda” em razão das forças endógenas do planeta.
Climas no Mundo
Os climas no mundo são diversificados, provenientes das variadas massas de ar, localização geográfica, entre outros. No mundo se classificam pelo menos dez climas, os principais são:
Equatorial: possui temperaturas médias acima de 25°C; clima quente e úmido, com índices pluviométricos anuais acima de 2000 mm.
Tropical: temperatura variando em 20°C no inverno e 25°C no verão, com duas estações bem definidas, uma seca e outra chuvosa.
Subtropical: possui temperaturas médias entre 15°C e 20°C no verão, e no inverno as médias variam entre 0°C a 10°C, chuvas bem distribuídas.
Oceânico: recebe influência dos oceanos e mares, tornando os invernos menos rigorosos.
Continental: praticamente não recebe influência dos oceanos, possui um inverno mais rigoroso.
Mediterrâneo: possui invernos chuvosos e verões quentes, com quatro estações bem definidas.
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Desértico: as temperaturas médias anuais variam entre 20°C e 30°C, os índices de precipitações não ultrapassam 250 mm ao ano.
Semiárido: caracterizado por altas temperaturas podendo chegar a 32°C, os índices pluviométricos são inferiores a 600 mm anuais e as chuvas são irregulares.
Frio (subpolar): índices pluviométricos anuais variando, dependendo da região, entre 200 mm e 1000 mm, características de um inverno negativo e verão com temperaturas por volta de 10°C.
Frio de montanha: temperatura determinada pela altitude, quanto mais alto mais frio, mesmo em regiões tropicais.
Polar: caracteriza-se por longos invernos e verões secos e curtos, temperaturas anuais sempre abaixo de zero, e marcante presença de neve e gelo.
Climas do Brasil
São definidos pelo regime normal de vários elementos, que alternam de lugar para lugar, de acordo com sua situação geográfica.
Os elementos são: temperatura, precipitação, ventos, nebulosidade, latitude, altitude, relevo, maritimidade, continentalidade, correntes marítimas quentes e frias, massas de ar, entre outros.
Há grande variação desses elementos que influenciam no aparecimento de diversos tipos de climas, sendo que esta é decorrente da grande extensão do país e sua localização no globo, tendo grande parte de seu território entre a linha do Equador e o Trópico de Capricórnio.
Para entender melhor, é necessário entender quais massas de ar influenciam o mesmo, como podemos observar abaixo:
Massa Tropical Atlântica (Ta): esta massa atua sobre o litoral do país de nordeste a sul, originando-se no oceano Atlântico Sul, sendo quente e úmida, e age quase o ano todo, podendo provocar chuvas.
Massa Tropical Continental (Tc): atua mais no interior da região Sul, Sudeste e Centro-Oeste, origina-se na planície do Chaco, e acaba por ocasionar períodos quentes e secos.
Massa Equatorial Atlântica (Ea): massa quente e úmida, origina-se ao Norte do Oceano Atlântico, atuando no litoral Norte e Nordeste do país, porém quando chega ao interior do continente, já perdeu a umidade e encontra-se seca.
Massa Equatorial Continental (Ec): origina-se no oeste da Amazônia passando por todo o país, provocando chuvas no verão e outono, devido ao fato de levar calor e umidade, podendo ocasionar até instabilidade em outras regiões.
Massa Polar Atlântica (Pa): originaria das altas latitudes, percorrendo até áreas oceânicas, é uma massa fria e úmida. Durante os invernos provoca chuvas frontais no litoral e no Nordeste. além disso pode ocasionar geadas no Sudeste, neve no Sul e friagem no Norte e na planície do Pantanal.
Por tanto, os tipos climáticos do Brasil se definem da seguinte forma:
Clima equatorial: altas temperaturas e pluviosidade, com médias térmicas entre 24ºC e 28ºC. Predominante na região Norte, Amazônia, Acre, Rondônia, Roraima, Amapá, Pará, e algumas áreas do Maranhão e Mato Grosso. Recebe influência da massa Equatorial continental.
Clima tropical: duas estações, sendo inverno seco e verão chuvoso predominante em quase todo o Centro-Oeste e Sudeste, abrangente ainda no Nordeste do país. Atinge os estados do Maranhão, Tocantins, Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Espirito Santo, Bahia, Paraíba, Sergipe, Alagoas e Rio Grande do Norte. Durante o verão sofre influencia da massa Tropical atlântica e massa Equatorial continental, e no inverno sofre influencia da massa Polar atlântica.
Clima subtropical: estações mais bem definidas e com invernos rigorosos, abrangem toda a região Sul e algumas regiões de Minas Gerais e São Paulo.
Clima tropical semiárido: com altas temperaturas e baixa pluviosidade, abrange todo o Nordeste, Sertão e Norte do estado de Minas Gerais. Esta massa não sofre influência de massas de ar úmida, pois quando a massa Equatorial continental e a massa Tropical atlântica chegam a estas áreas já se encontram secas. A seca no Nordeste ocorre durante o El Niño, devido ao aumento de temperatura no Pacífico, que acaba enfraquecendo os ventos alísios impedindo o deslocamento das massas de frentes frias.
Clima litorâneo úmido: com médias térmicas altas e pluviosidade, abrange a faixa litorânea do Nordeste ao Sudeste, o que provoca chuvas devido ao encontro com as Serras, e sofre influência da massa Tropical atlântica.
Clima tropical de altitude: com invernos rigorosos e verões brandos, abrange os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo, nas áreas de serra.
QUESTÃO 1
Regiões que apresentam níveis muito elevados de altitude costumam apresentar climas mais frios, em função da menor pressão atmosférica existente nesse tipo de ambiente.
O tipo de relevo que registra a ocorrência dos fenômenos acima apresentados é:
a) Depressões relativas b) Depressões absolutas c) Planaltos
d) Cadeias de montanhas e) Planícies
QUESTÃO 2
Em relação aos tipos de clima no Brasil, marque qual clima abrange uma porção maior do território e melhor caracteriza o país:
(A) – Clima Semiárido (B) – Clima Equatorial (C) – Clima Subtropical
(D) – Clima Tropical (E) – Clima Desértico
EEEM Maria Teresa Vilanova Castilhos – Polivalente
Atividades do mês de junho
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1º ANOS - Turma T7 e 15 - AULAS DOS DIAS ______________
Fenômenos atmosféricos
Os fenômenos atmosféricos podem ser considerados como os eventos climáticos que ocorrem naturalmente, ou seja, não são consequência da ação humana, muito embora a interferência antrópica possa intensificar ou alterar a dinâmica de tais fenômenos. Dentre os principais exemplos, podemos citar os ciclones (furacões, tufões, tornados, etc.), inversão térmica, efeito estufa, El Niña e La Niña, dentre outros.
A seguir, você poderá conferir um breve resumo com as principais características de cada um desses fenômenos:
Os ciclones, por definição, são fortes ventos carregados de umidade que giram em sentido circular em razão do efeito coriólis. Geralmente, os ventos provocados apresentam velocidade superior a 200 km/h e possuem uma larga extensão, sendo completamente vistos somente por imagens de satélite. Os ciclones tropicais mais comuns formam-se em áreas de baixas latitudes, entre 5º e 20º, enquanto os ciclones extratropicais formam-se em regiões de elevadas latitudes. Quando um ciclone acontece no Oceano Pacífico ou no Índico, ele recebe o nome de Tufão. Já quando ele acontece no Oceano Atlântico, recebe o nome de Furacão.
Os tornados, por sua vez, são fenômenos também motivados pelo rápido deslocamento do vento em forma circular, porém em menores extensões, mas com uma capacidade destrutiva até maior, haja vista que os seus ventos podem chegar a 800 km/h! Eles são muito comuns no interior continental da América do Norte.
A inversão térmica é um fenômeno atmosférico localizado que se caracteriza pela inversão da posição das camadas de ar quente e frio, fazendo com que o ar encontre dificuldade para circular. É considerada um problema ambiental quando a sua manifestação acontece em ambientes urbanos, pois impede ou dificulta a dispersão dos poluentes enviados à atmosfera, gerando o acúmulo da poluição no espaço das cidades.
Sabemos que o ar frio sobe e o ar quente, mais denso, desce. Ao subir, o ar quente esfria, e o ar fio, ao descer, aquece-se e, posteriormente, sobe, provocando a ocorrência de um ciclo de movimentação do ar no sentido circular vertical. O problema é que, em dias mais frios, a superfície não consegue aquecer completamente o ar ao seu redor, por isso ele fica estacionado e não se movimenta, o que impede a circulação atmosférica local.
O efeito estufa é o fenômeno atmosférico que garante a manutenção do calor na Terra através da reflexão e absorção dos raios solares. Resumidamente, alguns gases na atmosfera refletem parte da radiação solar recebida pelo planeta, e o restante bate na superfície e retorna para o ar, onde é novamente refletido, em partes, para a superfície em um processo contínuo. Caso não existisse o efeito estufa, estima-se que o planeta apresentaria temperaturas inferiores a -15ºC, o que dificultaria a existência de vida em razão da ausência de água na forma líquida.
Por ser um evento climático natural, o efeito estufa também pode ser considerado como um fenômeno atmosférico. No entanto, a sua intensificação vem sendo alvo da preocupação de muitos cientistas, que afirmam que, caso a poluição do ar continue ocorrendo, o efeito estufa poderá intensificar-se e elevar drasticamente as temperaturas da atmosfera no futuro.
O El Niño é um fenômeno atmosférico oceânico causado pelo aquecimento anormal das águas do Pacífico nas proximidades da costa oeste do Peru e do Equador. Com isso, há um enfraquecimento dos ventos alísios na região e um maior acúmulo de águas superficiais mais quentes, que liberam uma massa de ar mais aquecida e interferem no clima de várias partes do mundo. No Brasil, por exemplo, a estiagem do Nordeste eleva-se e as chuvas do Centro-Oeste e Sudeste são mais intensas.
O La Niña também é um fenômeno atmosférico oceânico que, assim como o El Niño, é cíclico, embora sua ocorrência seja menos frequente. Ocorre a partir do resfriamento anômalo das águas, fazendo com que outras resultantes climáticas ocorram, a maioria delas inversa aos efeitos do El Niño.
Imagem de satélite de um ciclone, um tipo de fenômeno atmosférico
Exercícios
Questão 1
Processo natural de aquecimento e manutenção das temperaturas da Terra e que pode ser intensificado pelas atividades humanas. Sua dinâmica realiza-se por meio da reflexão e absorção dos raios solares, como em um sistema semi fechado, propiciando um fenômeno que, sem o qual, as temperaturas do planeta seriam muito baixas.
A descrição acima se refere:
a) ao Aquecimento Global
b) à Camada de Ozônio
c) ao Efeito Estufa
d) às Ilhas de Calor
e) à Glaciação Climática
Questão 2
“Ninguém sabe muito bem o que desencadeia um El Niño, mas, graças aos satélites, conseguimos saber com certa antecipação quando ele começa a se formar. Sua marca registrada é o aquecimento das águas superficiais do Pacífico Central. Como o oceano está conectado à atmosfera, o grande oceano aéreo, todo o regime de ventos enlouquece. Nuvens de chuva do oeste do Pacífico – Indonésia e vizinhança – se mudam para leste, chegam à costa da América do Sul e causam aguaceiros no deserto peruano. Enquanto isso, na Ásia, Índia, Paquistão e Indonésia esturricam com calor e seca”.
(AZEVEDO, A. L. Novos tempos. Rio de Janeiro: Zahar, 2012. p.61. Adaptado)
Sobre o fenômeno atmosférico citado no texto, um de seus efeitos mais sentidos no território brasileiro é:
a) Seca extrema na região Centro-Oeste.
b) Intensificação dos regimes de chuva no norte do país.
c) Aumento das secas no Nordeste.
d) Intensificação do frio durante o inverno na região Sudeste.
e) Estiagens eventuais na região sul do país.
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